Dia do Abraço: conheça a origem (um pouco triste) da data
Entenda na coluna “Quer Que Eu Desenhe?” como o movimento “Free Hugs” surgiu e o bem que um abraço pode fazer à sua saúde física e mental
Um abraço apertado é ideal para matar a saudade, demonstrar gratidão ou até mesmo fazer as pazes com um amigo querido. Mas o Dia do Abraço, comemorado em 22 de maio, surgiu a partir de um episódio não tão carinhoso.
Em 2004, o australiano Juan Mann, que vivia em Londres, viu sua vida virar de cabeça para baixo e precisou voltar para Sydney, sua cidade natal. Mas, ao chegar no aeroporto, ninguém estava lá para recebê-lo. “Tudo o que eu tinha era mala cheia de roupas e um mundo de problemas”, disse Mann.
O episódio fez com que ele decidisse iniciar, no dia 22 de maio, uma ação de abraços grátis (a famosa free hugs). Ele escreveu as palavras em um papelão e foi até o ponto mais movimentado da cidade. Após alguns olhares desentendidos, pessoas começaram a aceitar a oferta.
A ação chegou a ser banida pelas autoridades locais, o que não impediu Mann de ganhar fama. Certo dia, um dos interessados no abraço foi o líder da banda Sick Puppies, que o chamou para gravar um videoclipe. O vídeo viralizou e a iniciativa se popularizou pelo mundo todo. Que bom!
Um abraço pode ajudar (e muito) a saúde. Essa demonstração de afeto libera um hormônio chamado ocitocina, que alivia o estresse. Além do bem-estar emocional, o abraço pode reduzir dores físicas, pois atua em uma área no cérebro que libera substâncias analgésicas.
Estudos mostram que crianças pouco abraçadas tendem a achar o afago desconfortável. Já quem foi muito abraçado quando pequeno costuma gostar desse tipo de carinho. Cada um é cada um. Mas ganhar (ou dar) um abraço de boa vontade não faz mal a ninguém — exceto em tempos de pandemia, claro.
Fonte: Revista Galileu