Lei Rubem Braga ganha novo selo e um cineclube

Novo selo reflete o aumento do número de linguagens artísticas contempladas na atual redação da Lei Rubem Braga

O Projeto Cultural Rubem Braga ganha, nesta segunda-feira (10), um novo selo e um cineclube, que terá sessões on-line durante o período de isolamento social, exibindo trabalhos realizados com o patrocínio da lei.
O novo selo reflete o aumento do número de linguagens artísticas contempladas na nova redação da lei, trazendo cores e símbolos na composição que simbolizam a diversidade.
O uso do selo é obrigatório em todos os produtos que são beneficiados com os recursos da lei, como CDs, DVDs, filmes, livros, peças de divulgação, entre outros.
A lei de incentivo à cultura de Vitória foi uma das pioneiras no País e já contemplou 1.840 trabalhos artísticos, como obras cinematográficas, teatrais, literárias, entre outras linguagens artísticas.
O lançamento da nova instrução normativa ocorre nesta quinta-feira (13), às 16 horas, em reunião on-line do Conselho Municipal de Políticas Culturais.

Cineclube

O Cineclube Rubem Braga lançará, em playlist, na segunda sexta-feira de cada mês, uma obra audiovisual para ser assistida e debatida entre os interessados. A discussão ocorre na semana seguinte, em local virtual que será divulgado junto à playlist.
A estreia este mês ocorre, excepcionalmente, no dia 21, com filme e debatedor que serão divulgados junto à playlist.

Mudanças na lei

No ano passado, a Câmara Municipal de Vitória aprovou uma nova redação para a Lei Rubem Braga, de autoria da Prefeitura de Vitória, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc), com amplo debate com o Conselho Municipal de Cultura, a sociedade civil e a Procuradoria-Geral do Município (PGM).
Houve o aumento do número de áreas contempladas, modernização no sistema de prestação de contas e desburocratização no acesso à lei.
O secretário municipal de Cultura, Francisco Grijó, lembrou ainda que a nova redação vai permitir aos artistas um acesso mais rápido aos recursos, já que, agora, o poder público será o patrocinador direto dos empreendimentos aprovados, sem o intermédio de empresas.
“Para marcar essa data, trazemos um novo selo, refletindo essas mudanças na lei, e também um cineclube para permitir o acesso a uma parte da produção financiada ao longo dos 29 anos da Lei Rubem Braga. É uma forma importante para que a sociedade conheça os trabalhos e possa, inclusive, conversar com os produtores”, disse Grijó.

Novo selo e marca do cineclube

Com cores vivas e uma mistura de diferentes técnicas de comunicação, o selo do Projeto Cultural Rubem Braga também sofreu um processo de modernização.
O novo selo se baseia em quatro palavras-chave: história, memória, arte e cultura, cada qual representada por uma sequência iconográfica que foi criada a partir de recortes das linhas que enquadram o selo.
A pintura digital inserida no selo foi produzida com base na fotografia de Vítor Nogueira, que registrou o escritor em diversas cenas do cotidiano. O fotógrafo e a família do escritor gentilmente cederam os direitos de uso da imagem à Prefeitura para que a nova marca fosse desenvolvida.
Nas mãos da equipe de criação da Gerência de Publicidade e Produção de Conteúdo (GPPC) da Prefeitura de Vitória, a imagem ganhou traços marcantes, destacando os olhos esperançosos do escritor.

A equipe foi formada por Rodrigo Mardones (responsável pela Pintura Digital), Diego Freitas (Direção de Arte), Paulo José Leite (Direção de Criação) e gerência de Ludmila Buteri.
Refletindo o aumento do número de linguagens artísticas contempladas pela lei, que saltou de oito para 19, a peça traz cores fortes, que representam a diversidade desta nova fase da Rubem Braga.
As cores azul, verde, amarelo e vermelho — cores do brasão de Vitória — que aparecem nas duras linhas do plano de fundo, nos ícones e na tipografia, contrastam com os traços quase artesanais da ilustração em preto e branco e criam um encontro entre passado e presente, tradição e modernidade, trazendo novamente as palavras-chave para o selo.
A logo do Cineclube Rubem Braga se inspira nas mesmas cores e valores do selo, sem, entretanto, tirar o brilho da marca. Faz referência a uma claquete de cinema e à própria sala de exibição, com a parte inferior do item reproduzindo as escadas e o corrimão de uma sala de exibição.

Fonte: PMV