Novo estudo revela mais detalhes do asteroide metálico Psique
Feito de ferro, níquel, platina e ouro, o valor monetário da soma dos componentes presentes no asteroide poderia fazer de todos os seres humanos milionários
Uma rocha de mais de 225 quilômetros de diâmetro, 16 Psique orbita no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, a 277 milhões de quilômetros da Terra. Esse asteroide se difere dos seus pares por ser feito quase inteiramente de metal — a maior parte níquel e ferro, mas também bastante ouro e platina.
Quem conseguir minerá-lo, poderia angariar um montante equivalente a US$ 10 mil quatrilhões, na cotação atual dos metais. Não à toa, a Nasa quer lançar a missão para investigar o asteroide no verão de 2022 (com chegada da sonda em 2026). Até lá, pesquisadores aqui mesmo na Terra vêm tentando aprender mais sobre 16 Psique e suas particularidades.
Um novo estudo traz as análises das primeiras observações ultravioleta do asteroide – que astrônomos acreditam ser o núcleo de um planeta que não chegou a se formar. A pesquisa foi comandada pela cientista planetária do Southwest Research Institute, Tracy Becker, e publicada no The Planetary Science Journal.
“Já vimos meteoritos que são feitos principalmente de metal, mas Pisque pode ser o único asteroide totalmente feito de ferro e níquel”, afirma Becker. “A Terra tem um núcleo de metal, um manto e uma crosta. É possível que, enquanto o protoplaneta Psique estava se formando, ele foi atingido por outro objeto em nosso Sistema Solar e perdeu essas camadas”, completa a pesquisadora.
Os cientistas acreditam que Psique pode oferecer uma oportunidade única de estudar o interior de um planeta. “Entender o que realmente constitui um planeta e potencialmente ver o seu interior é fascinante. Assim que chegarmos à Psique, vamos realmente compreender se é esse o caso, mesmo que não seja como esperamos. Sempre que há uma surpresa, é sempre emocionante”, afirma Becker.
Fonte: Olhar Digital