Estudos concluíram que o gengibre tem efeitos superiores ao paracetamol
O paracetamol é um medicamento para dor e febre, mas, se usado em excesso, causa efeitos colaterais. Saiba como substituí-lo
Medicamentos analgésicos, como o paracetamol, são bastante acessíveis e, por isso, muito utilizados, principalmente para baixar a febre e aliviar dores. Essa facilidade de acesso, no entanto, pode acabar gerando certa dependência, sem contar que esses sintomas são naturais do processo de cura do organismo — a febre, por exemplo, é uma reação positiva do sistema imunológico lutando contra micro-organismos causadores de enfermidades.
Evitar o uso dessa medicação de forma exagerada é, na verdade, algo bastante benéfico para a saúde e alguns alimentos podem ajudar nisso substituindo o paracetamol no alívio de dores. Mas é sempre bom lembrar: se persistirem os sintomas, é preciso buscar orientação médica.
Para que serve paracetamol?
Paracetamol, também chamado de acetaminofeno, é um fármaco analgésico, que promove alívio temporário de dores e reduz a febre. Ele é utilizado para tratar dores leves, moderadas e intensas, tais como: dores de cabeça; dores nas costas; dores musculares; dor de dente.
Além das dores, ele também costuma ser recomendado em outras situações, como: garganta inflamada; artrite; resfriados; gripes; febres.
Contraindicações
O paracetamol não é indicado em algumas situações. Quem sofre de insuficiência hepática aguda, problemas de fígado, comprometimento renal e desnutrição calórica não deve utilizar o medicamento. Além dessas contraindicações, é recomendado que o paracetamol, em casos de febre, não seja utilizado por mais de três dias (a menos que se esteja seguindo uma orientação médica). Em casos de dor, adultos não devem tomar o remédio por mais de dez dias e crianças devem ser limitadas a cinco dias.
Efeitos colaterais do paracetamol
Os efeitos colaterais comuns do paracetamol incluem náusea, vômito, dor de cabeça e insônia. Estudos também já relacionaram o uso de paracetamol à redução de empatia. Em certas situações, o medicamento também pode causar reações alérgicas. Nesse último caso, costumam aparecer os seguintes efeitos: dificuldade em respirar ou engolir; inchaço do rosto, lábios, garganta ou língua; coceiras intensa; descamação ou formação de bolhas na pele; urticária.
Além dessas reações, ao utilizar o paracetamol em excesso, o medicamento pode causar efeitos colaterais graves, como grave lesão hepática, em que o fígado, ao processar o fármaco e o converter em outra substância, produz muito dessa substância podendo danificar o organismo e até causar intoxicação.
Um estudo recente descobriu que consumir paracetamol durante a gravidez pode aumentar o risco de problemas comportamentais e TDAH em crianças, embora seja uma pequena probabilidade. Em altas quantidades, o organismo pode passar até mesmo por uma overdose de paracetamol, o que pode ser fatal. Por isso, é extremamente importante utilizar o medicamento somente sob orientação médica, seguindo exatamente a orientação ou indicação no rótulo. Em algumas situações, uma boa opção é priorizar as alternativas naturais que tenham efeitos analgésicos como o do medicamento.
Como substituir o paracetamol
O paracetamol é um medicamento de efeito analgésico. Substituir esse medicamento envolve tratamentos alternativos e ingestão de alimentos que têm esse mesmo efeito de analgesia, isto é, que colaborem com a redução das dores.
Conheça algumas opções
Gengibre — tem efeitos anti-inflamatórios superiores ao ibuprofeno. Ele controla náusea, vômito, dor de cabeça, enxaqueca e ajuda a regular o sistema digestivo. O gengibre também alivia dores de artrite, osteoporose e muscular, além de estimular o sistema imunológico. Ele ajuda em processos de desintoxicação alimentar, alivia os sintomas de inflamação, combate doenças arteriais coronarianas, protege o cólon contra lesões cancerosas e também evita a formação de úlceras estomacais.
Em um estudo publicado no Journal of Pain, o consumo diário de gengibre reduziu a dor induzida pelo exercício em 5%. Outras pesquisas já mostraram seus efeitos para aliviar dor menstrual, enxaqueca, osteoartrite e artrite reumatoide.
Pimenta — o princípio curativo da pimenta é a capsaicina, uma resina oleosa que funciona como um ótimo analgésico, inibindo a liberação do principal neurotransmissor de estímulos de dor. A pimenta aumenta a liberação de endorfina e também é eficaz na redução de níveis de lipídios no sangue.
Além de ajudar a manter equilibrados os níveis de açúcar, ela produz anestesia regional, auxilia na recuperação e reconstituição de tecidos danificados, melhora as funções estomacais e intestinais e ajuda na prevenção de câncer. Pode ser utilizada para perda de peso e para aliviar a dor de neuropatias diabéticas, da osteoartrite e psoríase.
Raramente a pimenta é utilizada sozinha, podendo ser preparada com outras substâncias anti-inflamatórias nas refeições.
Cúrcuma — também conhecida como turmérico, açafrão-da-terra ou açafrão-da-índia, é uma planta herbácea originária da Índia e do sudeste da Ásia, de nome científico Curcuma longa. Ela contém curcumina, um antioxidante que ajuda a proteger o corpo das moléculas de radicais livres que podem danificar as células e os tecidos. Ela é usada há muito tempo em medicamentos ayurvédicos e chineses como um agente anti-inflamatório.
Estudos clínicos com cúrcuma indicam que ela pode ser usada para tratamento de diferentes condições, tais como indigestão, úlceras, dor de estômago e psoríase. A dosagem recomendada de cúrcuma em pó é de 400 a 600 mg tomada três vezes ao dia. Os efeitos colaterais são poucos, mas, com o uso prolongado, pode haver distúrbios estomacais. Por isso, vale sempre manter o cuidado.
A cúrcuma em pó é comumente utilizada como tempero. É ela, inclusive, que confere a coloração amarela ao pó de curry, um condimento bastante popular em alguns países asiáticos.
Cravo-da-índia — é normalmente usado para apimentar pratos quentes. Em pó, ele é utilizado em tortas e em muitos outros alimentos. Mas ele também é consumido na forma de cápsula ou óleo essencial. Os suplementos de cravo ajudam a aliviar náuseas, tratar resfriados, aliviar a dor associada a dores de cabeça, inflamação artrítica e dor de dente. O cravo-da-índia também pode ser usado como um analgésico natural.
Um estudo sugeriu que o óleo de cravo-da-índia pode funcionar tão bem quanto a benzocaína, uma substância presente na maioria dos analgésicos. Ele é comercializado como óleo essencial, mas você também pode produzir o seu próprio em casa utilizando cravos frescos.
O óleo de cravo é comumente recomendado para dores de dente. Para isso, uma ou duas gotas de óleo são colocadas em uma bola de algodão que será aplicada no dente ou na gengiva.
Acupuntura — componente-chave da medicina chinesa, é um método de tratamento que envolve a inserção de finas agulhas em pontos específicos do corpo e em várias profundidades. Ainda não há consenso entre a comunidade científica a respeito de como funciona a acupuntura, mas alguns médicos ocidentais acreditam que a técnica tem um efeito neurológico, porque estimula nervos, músculos e o tecido conjuntivo. Além disso, um estudo publicado no JAMA Internal Medicine relatou que a acupuntura pode ajudar a aliviar dores de cabeça, dor no ombro, dor no pescoço e nas costas.
Fonte: eCycle