Nível de serotonina aumenta quando a depressão desaparece, diz estudo

Uma das possíveis causas da depressão é o baixo nível de serotonina no cérebro e muitos antidepressivos agem bloqueando a proteína que transporta a serotonina para longe das células nervosas. Um estudo de imagem cerebral no Karolinska Institutet prova que o nível médio do transportador de serotonina aumentou consideravelmente em um grupo de 17 indivíduos que se recuperaram da depressão após a terapia cognitivo-comportamental.
“Nossos resultados sugerem que as mudanças no sistema da serotonina fazem parte da biologia da depressão e que essa mudança está relacionada ao episódio, e não a uma característica estática — um estado em vez de um traço”, disse Johan Lundberg, autor do estudo e pesquisador do Departamento de Neurociência Clínica, Karolinska Institutet.
Isso porque a serotonina é um neurotransmissor que afeta o humor e a emoção. Sua proteína transportadora é considerada um papel crítico na depressão, por bombear a serotonina para longe dos neurônios cerebrais, portanto, regula a quantidade de serotonina ativa no cérebro.
Muitos antidepressivos modernos inibem esse transportador, por outro lado, o efeito desses medicamentos pode ser retardado por várias semanas e não surtir efeito algum. Por isso a necessidade de mais conhecimento sobre as causas biológicas da depressão.
No estudo, os cientistas investigaram como o transportador da serotonina muda quando uma pessoa que está deprimida é tratada com sucesso. Para fazer isso, eles mediram os níveis dos transportadores de serotonina em 17 indivíduos com depressão antes e depois de um curso de terapia cognitivo-comportamental.
Os pesquisadores descobriram que os níveis eram em média 10% mais altos após o tratamento de três meses. No total de 17 pacientes, 13 relataram uma melhora em seus sintomas. “Em vez de níveis mais baixos de transportador de serotonina quando a depressão foi tratada, descobrimos o oposto — mais transportador após melhora dos sintomas”, disse Jonas Svensson, pesquisador de pós-doutorado no grupo do Dr. Lundberg.
Fonte: Olhar Digital