Sapo menor que uma moeda de um centavo é descoberto na Mata Atlântica
Pequeno anfíbio é a 38ª espécie do gênero Brachycephalus
No Rio de Janeiro, pesquisadores encontraram uma agulha no palheiro — ou quase isso. Em meio à imensidão da Mata Atlântica em Nova Friburgo, município do centro fluminense, ecólogos descobriram uma nova espécie de sapo do tamanho de uma moeda de um centavo.
Batizado cientificamente de Brachycephalus clarissae, em homenagem à pesquisadora e professora da instituição, Clarissa Canedo, especialista em anfíbios brasileiros, o sapinho recebeu o apelido popular de pingo-de-ouro-clarissa. Suas cores diferentes chamaram a atenção dos pesquisadores.
Os pequenos anfíbios popularmente conhecidos como pingo-de-ouro, sapo-pulga ou sapo-abóbora vivem na Mata Atlântica da Serra do Mar e da Serra da Mantiqueira. Muitos deles são bem coloridos, sinalizando a presença de uma neurotoxina incrivelmente potente em sua pele, que é fatal para seus predadores.
Durante um estudo ecológico mais abrangente desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) na região de Nova Friburgo, foram encontrados os primeiros exemplares dessa nova espécie, que é a 38ª do gênero Brachycephalus.
Segundo os cientistas, o pingo-de-ouro-clarissa não passa pela fase larval (girino), como a maioria dos sapos existentes no mundo.
Ele destaca que os cientistas se preocupam com a preservação dessa nova espécie e de outras da mesma região.
Para chegar à conclusão de que se tratava de uma nova espécie, a equipe investigou a morfologia externa do anfíbio e fez a análise molecular e osteologia do animal.
Fonte: Olhar Digital