Anvisa aprova medicamento para perder peso
Alternativa era liberada no Brasil apenas para tratamento de diabetes
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma injeção como alternativa de tratamento para casos de obesidade ou sobrepeso. Chamado de Wegovy, o medicamento usa a molécula semaglutida — inicialmente liberada no País para controle de diabetes, mas que mostrou importantes resultados para a perda de peso.
De acordo com informações, o Wegovy usa a mesma droga ativa do Ozempic e do Rybelsus (medicamentos antidiabéticos). Segundo a farmacêutica Novo Nordisk, a previsão é que o produto esteja disponível nas farmácias do Brasil a partir do segundo semestre deste ano.
O remédio já é utilizado desde o ano passado nos EUA. No Brasil, a opção só era ofertada a partir da escolha particular do médico, a metodologia off label — indicação por conta e risco do especialista que o prescreve.
Para quem é indicado e como funciona
O Wegovy é indicado para pessoas com sobrepeso somado a comorbidades ou para quem tem algum grau de obesidade — para pacientes com IMC (índice de massa corporal) maior que 27, o chamado sobrepeso, ou acima de 30, já considerado obesidade, e com doenças associadas, como pré-diabetes, diabetes tipo 2, hipertensão ou problemas cardiovasculares.
O medicamento é de uso prolongado e colabora para a perda de peso a partir da transmissão de sensação de saciedade junto a outras orientações (dieta e atividade física), assim, se faz necessário o acompanhamento médico. Em suma, a droga imita o funcionamento do GLP-1, um tipo de hormônio presente no intestino humano que atua como sinalizador de alimento presente no organismo. A ideia é que o mecanismo module o processo de digestão e satisfação.
Conforme especialistas, comparado a outros tipos de moléculas, a resposta do novo fármaco é de 17%, em média, ao longo de um ano.
Vale destacar que ainda não há previsão para que o fármaco entre para a lista do SUS. Um valor para o remédio também não foi definido. Nos Estados Unidos, o tratamento mensal é cotado a US$ 1.300 por mês, segundo a imprensa local. De acordo com a Food and Drug Administration (FDA), entre alguns efeitos colaterais estão náuseas, diarreia, vômito, dor de barriga, dor de cabeça e fadiga.
Fonte: Olhar Digital