A Semana em Brasília e no ES — Polícia Federal realiza operação contra o senador Marcos do Val
Buscas são realizadas a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal
A Polícia Federal (PF) cumpre, na tarde desta quinta-feira (15), mandados de busca e apreensão em diversos endereços ligados ao senador Marcos do Val (Podemos-ES).
O pedido partiu do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes há algumas semanas. Entre os endereços estão: o apartamento funcional ocupado pelo senador em Brasília, o gabinete dele no Congresso Nacional e um local no Espírito Santo.
Além dos mandados de busca e apreensão, o magistrado determinou que PF ouça o senador o mais rápido possível para apurar a suposta obstrução de justiça — razão da realização da operação. Há dois dias, o senador usou o perfil no Twitter para divulgar documentos então sigilosos da Agência Brasileira de Inteligência.
Em fevereiro deste ano, o ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura de um inquérito contra o senador para apurar a suspeitas de crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa, coação e divulgação de documentos sigilosos.
Antes disso, do Val fez uma transmissão ao vivo por uma rede social em que afirmava que a revista Veja publicaria uma matéria que supostamente mostraria que o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou coagi-lo a realizar um “golpe de Estado”.
Depois disso, Marcos do Val fez uma postagem no Instagram afirmando que pretendia sair “definitivamente da política”. Ele declarou que, durante quatro anos, se dedicou exclusivamente ao Senado, deixando de conviver com a família. Na ocasião, avisou que pretendia pedir afastamento do cargo, para o qual foi eleito em 2018 e cujo mandato, de oito anos, vai até fevereiro de 2026.
Nos próximos dias, darei entrada no pedido de afastamento do Senado e voltarei para a minha carreira nos EUA”, escreveu o senador. “Não adianta ser transparente, honesto e lutar por um Brasil melhor, sem os ataques e as ofensas que seguem da mesma forma”.
Críticas contra Alexandre de Moraes
Na quarta-feira 14, Marcos do Val fez uma publicação afirmando que as decisões do ministro Alexandre de Moares são “anticonstitucionais” e que caberia aos senadores “fiscalizar, afastar e até ‘impeachmar’ ministros do STF”. Agora, no entanto, o Twitter do senador foi bloqueado em cumprimento da ordem contra parlamentar. (Fonte: Revista Oeste)
Yuval
O escritor Yuval publicou o vídeo de sua participação nas redes sociais no dia 06 de junho. Ele sustenta que o poder da inteligência artificial (AI) pode ser aproveitada e aplicado para remodelar a religião sob a perspectiva globalista do Fórum Econômico Mundial de “equidade” e inclusão.
Em conversa com o jornalista português Pedro Pinto, Yuval disse à plateia que a inteligência artificial é “a primeira tecnologia que pode criar novas ideias”. “Você sabe, a imprensa, o rádio, a televisão, eles transmitem, eles divulgam as ideias criadas pelo cérebro humano, pela mente humana. Eles não podem criar uma ideia nova”. Citando a impressão da Bíblia de Gutenberg, Yuval disse que embora a imprensa tenha imprimido tantas cópias da Bíblia, não foi capaz de criar uma “nova página”.
O globalista revelou, então, que a solução para os supostos problemas da religião seria a reescritura das escrituras através da inteligência artificial. “A IA pode criar novas ideias; pode até escrever uma nova Bíblia”, afirmou. “Ao longo da história, as religiões sonharam em ter um livro escrito por uma inteligência sobre-humana, por uma entidade não humana”, acrescentou.
“Em alguns anos, pode haver religiões que são realmente corretas (…) basta pensar em uma religião cujo livro sagrado é escrito por uma inteligência artificial. Isso pode ser uma realidade em alguns anos”, concluiu.
Foro de São Paulo
Reunião de ditadores que vêm governando seus países à bala, o Foro de São Paulo acontecerá no final deste mês. Mais uma edição desta atrocidade. Desde seu início, 1990, o que vimos na América Latina foi um projeto de poder perverso e só trouxe miséria para o continente americano.
Foro de São Paulo cobra ingressos em dólares para encontro em Brasília no final do mês
A 26ª Reunião do Foro de São Paulo, que será realizada entre os dias 29 de junho e 2 de julho em Brasília, está vendendo ingressos em dólares para quem quiser participar do evento. O grupo de partidos e organizações de esquerda vai cobrar US$ 250 (R$ 1,2 mil) para membros e US$ 50 (R$ 243) para acesso individual.
A cobrança de ingresso em dólar ocorre em meio ao discurso crítico do que seria um “imperialismo estadunidense” e numa busca de líderes latino-americanos — como Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — por uma menor dependência da moeda.
O encontro em Brasília foi motivado principalmente pela eleição de Lula que, desde o início do novo governo, vem tentando estreitar a relação com as nações do continente, inclusive com a ditadura venezuelana de Nicolás Maduro.
A edição deste ano do encontro terá uma programação com discussões que envolvem desde políticas de integração dos países e governos de esquerda até a uma análise e debates sobre o uso das redes sociais e “plataformas de luta do movimento sindical e popular”, segundo explica o site do encontro sem detalhar o que deve ser discutido. Serão dois painéis voltados a esse tema ao longo de um dia inteiro.
Também será realizado um painel voltado especificamente para a “situação brasileira e as políticas de governo”, que deve ter uma análise sobre o cenário político nacional e a própria eleição de Lula com a volta do PT ao poder. O partido, inclusive, terá uma festa de confraternização como parte da programação oficial do Foro no penúltimo dia. (Fonte: Gazeta do Povo)
Lula diz que problema com o agronegócio é “ideológico” e não de dinheiro ou Plano Safra
Em mais um episódio de diferenças com o agronegócio, que vem tendo uma relação conflituosa desde a eleição do ano passado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, na manhã desta quinta (15), que o problema com o setor é “ideológico”, e não de falta de dinheiro ou de um bom Plano Safra.
A afirmação foi dada durante uma entrevista a um grupo de rádios do estado de Goiás, onde Lula estará na sexta (16) para inaugurar um trecho da Ferrovia Norte-Sul, na cidade de Rio Verde.
Durante a entrevista, o presidente foi questionado sobre a relação com o setor, que já chamou produtores de “fascistas e negacionistas” em discursos oficiais. Lula disse que “o problema deles conosco é ideológico, não é problema de dinheiro a mais no Plano Safra”.
“Eu não quero saber se o produtor rural gosta de mim ou não. Não é isso que está em jogo”, disse ressaltando que “o que está em jogo” é a recuperação e aumento da capacidade produtiva do país sem desmatamento e sem queimada. Ele repetiu a informação de que há mais de 30 milhões de hectares de terras degradadas “que podem ser recuperadas e que podemos dobrar nossa produção agrícola”. (Fonte: Gazeta do Povo)
Atuação de grupos criminosos acelera a devastação da Amazônia colombiana
A Amazônia colombiana se tornou alvo de atenção mundial desde o início de maio, devido ao caso das quatro crianças que ficaram mais de um mês desaparecidas na floresta após a queda de um avião — e que finalmente foram encontradas com vida na última sexta-feira (9). Entretanto, a exemplo do que ocorre com a Amazônia venezuelana, a porção da floresta localizada em território colombiano (que tem pouco mais de 39 milhões de hectares, o correspondente a menos de 10% do total da área amazônica) não costuma ser tão falada quanto a brasileira. Entretanto, vem sofrendo uma pressão crescente, que inclusive foi um dos temas da reunião entre Luiz Inácio Lula da Silva e Gustavo Petro no final de maio.
As estatísticas e os especialistas ambientais apontam que o desmatamento aumentou desde o acordo de paz entre o governo da Colômbia e a guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). “O acordo indicou o fim da conservação sob a mira de armas liderada pelas Farc. Sinalizou o início de novas atividades de uso da terra, como a pecuária, promovida por cartéis de drogas e grandes latifundiários que buscam capitalizar a partir de políticas fundiárias mais favoráveis”, apontou uma reportagem de fevereiro da revista Nature.
Segundo dados do Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (Ideam), em 2016, ano em que o acordo com as Farc foi assinado, houve um desmatamento de 178.597 hectares, um aumento de 44% em relação a 2015. Entre 2020 e 2022, foram perdidos 294 mil hectares, o equivalente a 0,75%, da Amazônia colombiana.
As Farc não mantinham as árvores em pé porque tinham “consciência ambiental”. Longe disso: o interesse da guerrilha era utilizar a mata cerrada para se esconder das forças de segurança. Ao mesmo tempo, as Farc promoviam a deterioração da Amazônia colombiana de outras maneiras, ao realizar diretamente ou permitir atividades degradantes para o bioma, como o plantio de coca, mineração ilegal e ataques à infraestrutura petrolífera que contaminaram rios da região.
Um estudo de 2021, do qual participaram várias organizações ligadas ao meio ambiente, apontou que hoje a devastação é promovida por grupos armados ilegais, atores privados e funcionários públicos corruptos.
“Comunidades locais, organizações não governamentais e instituições estatais que tentam proteger a Amazônia entraram em conflito com os interesses desses grupos poderosos e, como consequência, tornaram-se cada vez mais alvos de ataques”, disse Juan Carlos Garzón, pesquisador da Ideas for Peace Foundation e um dos autores do estudo.
Após o resgaste das quatro crianças indígenas na última sexta-feira, o pai das duas sobreviventes mais jovens relatou que elas estavam fugindo de um grupo armado que recruta menores à força e que passou a controlar a região onde fica a reserva indígena onde vivem, no sul da Amazônia colombiana.
De acordo com a Nature, a pecuária atualmente é o principal fator de pressão sobre a floresta, com os plantios de coca exercendo um papel menor. “Há evidências de uma conversão recente e explosiva de florestas para a pecuária fora da fronteira agrícola e dentro de áreas protegidas desde a fase de negociação do acordo de paz. Em contraste, a coca é notavelmente persistente, sugerindo que os programas de substituição de cultivos têm sido ineficazes em impedir a expansão do cultivo nas áreas protegidas”, alertou a revista.
Um estudo recente do Instituto de Pesquisas Científicas da Amazônia Sinchi apontou que, se mantidos os patamares atuais de exploração e destruição da floresta dentro da Colômbia, 2,1 milhões de hectares poderão ser perdidos até 2040, o equivalente ao estado de Sergipe.
Por outro lado, segundo o Instituto Sinchi, caso seja adotado um modelo sustentável, com sistemas agroflorestais de produção e ecoturismo, isso poderia evitar o desmatamento de pelo menos 3,5 milhões de hectares.
“É mais valioso para a sociedade manter as áreas amazônicas de pé do que permitir o sepultamento de 110 mil hectares por ano [média do desmatamento desde 1990] e depois começar a fazer investimentos públicos para restauração ecológica”, afirmou Uriel Murcia, pesquisador do Instituto Sinchi, ao jornal El País. (Fonte: Gazeta do Povo)
Marina Silva, corre aqui
MST recebe multa por desmatamentos em área invadida no Sul do Paraná enquanto no Cerrado, o atual desgoverno, registra recorde de desmatamento e tem segundo pior índice da Amazônia.
Direito de existir — Parada do Orgulho LGBT+
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, participou do último domingo (11) da 27ª Parada do Orgulho LGBT+, em São Paulo, e afirmou que é dever do estado brasileiro garantir que o público da marcha “tenha o direito de existir”.
O ministro afirmou que estava no palco como representante de um governo que busca “uma grande virada”, após os ataques sofridos pelo público LGBT+ na última gestão. Houve muitas referências e críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no palco do evento.
Confisco
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Humorista do Canal Hipócritas deixa o presídio após 90 dias preso por ordem de Moraes
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu, nesta quarta-feira (14), liberdade provisória ao humorista Bismark Fugazza, do Canal Hipócritas, que estava preso desde 17 de março no Complexo Médico Penal do Paraná. Familiares confirmaram à Gazeta do Povo que o humorista deixou o presídio por volta das 9h40 desta quinta-feira (15).
O humorista, que foi preso no Paraguai, participava de manifestações pró-Bolsonaro e contra a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e também esteve no acampamento em frente ao QG do Exército, em Brasília.
“Ele estava detido por suposto envolvimento com atos antidemocráticos, nos quais grupos financiados por empresários a serem identificados, insatisfeitos com o resultado das eleições de 2022, passaram a bloquear o tráfego de rodovias do país, com o intuito de abolir o Estado Democrático de Direito, pleiteando um ‘golpe militar’”, disse a assessoria de Bismark, em nota.
O relatório final da Polícia Federal sobre o caso apontou, em 12 de maio, que “Não foi possível evidenciar, de maneira minimamente razoável, que Bismark tenha praticado ou promovido a prática dos atos atentatórios às instituições democráticas ocorrido no dia 08/01/2023”.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) também se manifestou contra a manutenção da prisão, que durou 90 dias. “No presente momento, como salientado pela Procuradoria-Geral da República, não há razões para a manutenção da medida cautelar extrema, cuja eficácia já se mostrou suficiente”, escreveu o ministro.
Apesar da soltura, Moraes determinou uma série de medidas cautelares ao humorista, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de deixar a cidade onde mora e proibição do uso de redes sociais. Fugazza também teve cancelados seu passaporte e seus registros de armas de fogo e deverá se apresentar semanalmente à Justiça por tempo indeterminado. (Fonte: Gazeta do Povo)