Governadores do Sul e Sudeste formalizam consórcio após polêmica com Nordeste
Governadores garantem que objetivo do Cosud não é fazer contraponto ao Governo Federal
Por Lucas Saba
O Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) foi formalizado, em São Paulo, nesta quinta-feira (19) durante o evento de três dias, que conta com a presença dos governadores “presidenciáveis” da direita brasileira: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o paranaense Ratinho Júnior (PSD) e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
Durante a coletiva de imprensa, o trio afirmou que o Cosud não tem viés político e nem objetivo de ser um contraponto ao governo Lula.
De forma nenhuma isso representa um distanciamento do governo federal. A palavra é cooperar, dialogar e desenvolver”, ressalta Freitas.
Zema, que foi alvo de críticas em agosto, quando defendeu o consórcio em oposição aos privilégios no atendimento dos estados nordestinos, ressaltou que o Cosud “veio para somar e não dividir”.
Estes sete estados têm o maior interesse que este País avance e são os estados que mais podem contribuir, tanto pelo o que representam de população, como pelo que representam de produção”, declarou o governador mineiro, que encerrou o discurso dizendo que “o Brasil vai dar certo”.
O grupo tem uma presidência rotativa, atualmente a coordenação está nas mãos do governador paranaense, que criticou os países que apontam o dedo para o Brasil, mas não vão bem no tema do meio ambiente.
Muitas vezes países que não fizeram o dever de casa apontam o dedo para nós” critica Ratinho, que defendeu o desenvolvimento sustentável.
Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul e a vice-governadora de Santa Catarina, Marilisa Boehm (PL), também estiveram no evento. Ambos defenderam a criação de um fundo emergencial para problemas climáticos. Os estados do Sul sofrem com o impacto das fortes chuvas que fizeram vítimas e deixaram pessoas desabrigadas nas últimas semanas.
O Cosud foi criado em 2019, mas apenas este ano se tornou um grupo oficial, isso porque tinha que ser aprovado nas sete assembleias legislativas que compõe o grupo. Espírito Santo e Rio de Janeiro ainda precisam formalizar a entrada no consórcio.
Somados os estados possuem cerca de 119 milhões de habitantes e 70% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os temas mais discutidos nesta edição do Consórcio serão a integração dos sistemas de Segurança Pública entre os estados e políticas públicas voltadas ao meio ambiente e sustentabilidade.
Fonte: Gazeta do Povo