Cientistas criam roupa movida a energia solar que esquenta e esfria
(Foto: Unam/Reprodução)
Vestimenta usa tecnologia promissora e tem o potencial de transformar a maneira como os seres humanos gerenciam a temperatura corporal
Por Gabriel Andrade
Um avanço na tecnologia de vestuário termorregulador está abrindo novos horizontes para a adaptação dinâmica do corpo humano às mudanças de temperatura do ambiente.
Pesquisadores liderados pela cientista Ziyuan Wang, da Universidade da Colúmbia Britânica, apresentaram um sistema de roupas termorreguladoras bidirecionais alimentado por energia solar. O estudo foi revelado em uma publicação da revista Science.
A criação combina uma célula solar flexível com um dispositivo eletrocalórico bidirecional, resultando em um mecanismo único e flexível que pode se integrar a roupas convencionais. Esse dispositivo autossuficiente se alimenta de luz solar, eliminando a necessidade de fontes de energia externas.
A tecnologia é promissora e tem o potencial de transformar a maneira como os seres humanos gerenciam a temperatura corporal. Inovações como essa se tornam ainda mais importantes com o aquecimento do planeta e as ondas de calor, cada vez mais frequentes.
Diferentemente das abordagens convencionais de vestuário termorregulador, que normalmente se concentram apenas em manter o usuário aquecido ou fresco, o novo sistema é capaz de responder rapidamente a mudanças complexas e rápidas nas condições ambientais.
Este é um marco significativo, especialmente em locais adversos, como por exemplo regiões polares, desertos ou mesmo no espaço, onde as temperaturas podem variar drasticamente.
Durante dias quentes, o dispositivo é capaz de fornecer resfriamento à pele, enquanto no escuro ou à noite mantém o corpo mais quente do que a pele nua. Isso resulta em uma temperatura da pele humana dentro de uma zona de conforto térmico, mesmo em ambientes onde as temperaturas ambientais variam de 12,5°C a 37,6°C.
Duração da bateria
Os pesquisadores destacam que o dispositivo pode proporcionar 24 horas de termorregulação controlável com apenas 12 horas de entrada de energia solar. Esse avanço inovador abre possibilidades para sistemas de gerenciamento térmico localizado, controlados ativamente, autoalimentados e vestíveis, expandindo a adaptação humana a ambientes desafiadores.
Além disso, a energia adicional coletada pelo dispositivo poderia servir para alimentar dispositivos eletrônicos em condições especiais.
Fonte: Giz Brasil
