Cultura

Pesquisa encontra pigmento milenar em afresco de Rafael

Azul-egípcio está na ‘História de Cupido e Psique’, em Roma

Novos estudos sobre o palácio romano Villa Farnesina revelaram a presença de azul-egípcio, o mais antigo pigmento artificial da história, na abóbada da loggia (elemento arquitetônico que é uma espécie de galeria), onde está o afresco “História de Cupido e Psique”, de Rafael.
A descoberta foi feita pelo Centro Linceo de Pesquisa Sobre Bens Culturais Villa Farnesina (Cerif), dirigido por Antonio Sgamellotti, que em 2020 já havia encontrado azul-egípcio em outro afresco de Rafael, “O Triunfo de Galeteia”, no mesmo palácio. As duas obras são os dois casos mais antigos conhecidos sobre o uso do pigmento no Renascimento.
O azul, produzido há mais de três mil anos pelos egípcios, foi usado em todo o Mediterrâneo até a queda do Império Romano, quando caiu em desuso.

Esta descoberta destaca novas afinidades entre o Triunfo de Galeteia e a loggia de Cupido e Psique, abrindo cenários interessantes para a busca: permitirá reconstruir melhor as técnicas usadas por Rafael, além da história de conservação da loggia”, disse Sgamellotti à ANSA.

A descoberta foi feita com o apoio da Universidade de Turim, que colocou à disposição um novo instrumento para a análise de bens culturais.

Se trata de um visor capaz de identificar e localizar em tempo real o azul-egípcio, graças à luminescência induzida pela luz visível. Prático como um binóculo, não requer a montagem de andaimes ou estúdios fotográficos, e permite a análise de superfícies extensas a distâncias não facilmente acessíveis, justamente como a abóbada, que fica a oito metros de altura”, completou Sgamellotti.

Fonte: Terra

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