Cientistas descobrem proteína que nos faz sentir frio
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Chamada de GluK2, ela é encontrada nos neurônios e no sistema nervoso periférico; ciência já havia identificado outros sensores térmicos
Por Bob Furuya
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Você já deve ter ouvido alguém falar que o frio é psicológico. Bom, não é. Pelo contrário, ele é bastante físico e real. Mas como explicar que algumas pessoas sentem mais frio que as outras? Tem a ver com a gordura corporal? Sim, mas não só isso.
A ciência descobriu que o nosso corpo possui alguns sensores. Os de calor, morno e frio já haviam sido descobertos há alguns anos. Pesquisadores da Universidade de Michigan identificaram agora uma proteína que permite aos mamíferos sentir um frio mais intenso, preenchendo a lacuna que faltava nesse desenho.
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Chamada de GluK2, essa proteína é encontrada em nossos neurônios, mas também no sistema nervoso periférico, ou seja, fora do cérebro. O primeiro termossensor foi descoberto há mais de 20 anos, quando uma equipe de cientistas encontrou uma proteína sensível ao calor chamada TRPV1.
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De lá para cá, os estudiosos já haviam identificado proteínas para o morno e o frio moderado. Mas nunca para o frio abaixo dos 15ºC. A recém-descoberta é assinada pelo neurocientista Shawn Xu, professor do Instituto de Ciências da Vida da Universidade de Michigan e autor do primeiro estudo que identificou a proteína TRPV1.
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Uma bactéria não tem cérebro, então por que desenvolveria uma forma de receber sinais químicos de outros neurônios? Mas teria grande necessidade de sentir o ambiente. Portanto, penso que a detecção de temperatura pode ser uma função antiga, pelo menos para alguns destes receptores de glutamato”, afirmou o cientista.
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Além de preencher uma lacuna no quebra-cabeça da detecção de temperatura, Xu acredita que a nova descoberta pode ter implicações para a saúde e o bem-estar das pessoas. Pacientes com câncer que recebem quimioterapia, por exemplo, frequentemente apresentam reações dolorosas ao frio.
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Esta descoberta do GluK2 como um sensor de frio em mamíferos abre novos caminhos para entender melhor por que os humanos experimentam reações dolorosas ao frio, e talvez até ofereça um alvo terapêutico potencial para tratar essa dor em pacientes cuja sensação de frio é superestimulada”, disse Xu.
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Ah, e antes que alguém faça confusão, essa descoberta diz respeito à sensação de frio extremo. Não a ele propriamente dito. Ninguém é invulnerável a baixas temperaturas. Algumas pessoas, porém, sentem menos frio que as outras.
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Agora, se formos expostos a esse frio extremo por muito tempo, morreremos. Mesmo fazendo a homeostase, nosso corpo não resistiria a uma temperatura baixa, levando a um resfriamento interno e falência dos órgãos. Lembrando que o corpo humano fica normalmente na casa dos 36ºC. As informações são do Medical Xpress.
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Fonte: Olhar Digital