Meio ambiente

Panda-esqueleto-do-mar: cientistas descobrem nova espécie marinha

Por Mario Cavalcanti

Cientistas japoneses descobriram uma nova espécie marinha. Trata-se do panda-esqueleto-do-mar, e foi batizado assim pela aparência fofinha, que recorda o rosto de um urso panda. As manchas brancas e compridas, que lembram esqueletos, são os vasos sanguíneos, e as manchas pretas, um padrão do animal. Cada espécime apresenta suas pintas em diferentes tamanhos. A estatura — que está bem longe da de um panda — foi outro fato que chamou a atenção: o animal mede apenas 2cm.
O panda-esqueleto-do-mar pertence à família dos tunicados, que são animais marinhos invertebrados, e sua descrição taxonômica formal foi realizada só agora nos últimos dias. Batizado oficialmente de Clavelina ossipandae, o animal foi introduzido no Registro Mundial de Espécies Marinhas (WoRMS) em 17 de fevereiro.

O novo animal classificado é uma pequena ascídia colonial — organismos filtradores que se alimentam de partículas orgânicas em suspensão — encontrada em colônias de um a quatro zooides. Um zooide é uma unidade individual em uma colônia de organismos coloniais, como certas espécies de ascídias, briozoários e hidroides.

Cada zooide é capaz de realizar funções vitais independentes, como alimentação, reprodução e movimento, mas está conectado a outros zooides na colônia, compartilhando recursos e comunicação através de estruturas especializadas. Em resumo, um zooide é uma unidade funcional de um organismo colonial.

Novas espécies de polvos
Já aqui nas Américas, também recentemente novas espécies de polvos foram encontradas na costa do Pacífico da Costa Rica. Uma equipe internacional de pesquisadores encontrou os novos cefalópodes durante duas expedições realizadas em 2023, a bordo do navio de pesquisa oceanográfica R/V Falkor.

Novas espécies de polvo (Divulgação/Schmidt Ocean Institute)

A descoberta tem também um valor geográfico e biológico: segundo o Instituto Schmidt, que comandou a expedição, essa é uma das primeiras vezes que todos os espécimes biológicos serão armazenados no país latino-americano de onde foram adquiridos no fundo do mar, em vez de serem enviados para os Estados Unidos ou para a Europa. Manter os espécimes na Costa Rica permitirá aos cientistas locais acessarem facilmente amostras para pesquisas.

Fonte: Mundo e História

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