Bem-estar

Dormir pouco ou muito? Ambos fazem mal para a memória

Pesquisadores identificaram que dormir muito mais ou muito menos do que sete horas atrapalha o desempenho cognitivo de adultos e idosos

Por Alessandro Di Lorenzo

Não há dúvidas sobre a importância de uma boa noite de sono. E as conclusão de um novo estudo reforçam este entendimento. Segundo pesquisadores, dormir muito ou pouco pode prejudicar a memória, a fluência verbal, o funcionamento executivo e a cognição global.
A pesquisa analisou a associação isolada e combinada entre distúrbios do sono e desempenho cognitivo de adultos e idosos em testes cognitivos. Para isso, foram usados dados de servidores públicos ativos e aposentados de seis capitais brasileiras: Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Salvador e Vitória.

No total, foram 7.248 participantes, entre 55 e 79 anos, com média etária de 62,7 anos, sendo 55,2% mulheres. Associações em forma de U invertido foram observadas entre duração do sono e desempenho em todas as habilidades cognitivas, ou seja, durações muito menores ou maiores que sete horas estão associadas ao pior desempenho, independentemente da idade.

Além disso, o relato de insônia foi associado à pior função executiva, sendo a força das associações maiores para indivíduos com insônia em dois ou mais momentos ou, especialmente, insônia combinada com sono curto. Insônia em dois ou mais momentos também foi associada à menor memória e cognição global.

Esses resultados sugerem que durações maiores ou menores que cerca de sete horas do sono foram prejudiciais para todas as funções cognitivas investigadas. Estes prejuízos foram semelhantes tanto para adultos de meia idade quanto para idosos. Além disso, a insônia pareceu afetar mais fortemente a função executiva, mas também prejudicou a memória e a cognição global.

Fonte: Olhar Digital

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