Estatais registram rombo de R$ 1,27 bilhão no primeiro trimestre, diz BC

Só em março de 2025, as estatais federais, estaduais e municipais registraram um déficit de R$ 567 milhões, segundo o BC
De acordo com um relatório publicado pelo Banco Central (BC), na última quarta-feira (30), as estatais federais, estaduais e municipais registraram um déficit de R$ 1,27 bilhão no primeiro trimestre deste ano. O rombo é o segundo maior para o período desde o início da série histórica, ficando atrás apenas do resultado negativo do primeiro trimestre de 2024, quando as estatais registraram um déficit de R$ 1,51 bilhão.
Os números não incluem os resultados dos grupos Petrobras e Eletrobras. Os bancos públicos, como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, também não entram na conta da autoridade monetária.
O saldo negativo foi puxado, principalmente, pelas estatais federais, que registraram um déficit de R$ 1,75 bilhão de janeiro a março deste ano. As estatais estaduais tiveram superávit de R$ 1,04 bilhão no trimestre e as municipais registraram déficit de R$ 556 milhões.
Só em março de 2025, as estatais federais, estaduais e municipais registraram um déficit de R$ 567 milhões. Em março de 2024, o déficit foi de R$ 343 milhões. Segundo levantamento do BC, as estatais federais, estaduais e municipais encerraram o ano de 2024 com déficit de R$ 8 bilhões.
Dívida pública
Ainda, de acordo com o relatório divulgado nesta quarta, a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) atingiu 61,6% do PIB (R$7,4 trilhões) em março, elevando-se 0,2 p.p. do PIB no mês. Segundo o BC, “esse resultado refletiu os impactos dos juros nominais apropriados (+0,6 p.p.), do efeito da valorização cambial de 1,8% no mês (+0,2 p.p.), e da variação do PIB nominal (-0,5 p.p.)”.
Já a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) — que compreende o governo federal, o INSS e os governos estaduais e municipais — atingiu 75,9% do PIB (R$9,1 trilhões) em março de 2025, o que representa uma redução de 0,2 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.
“Essa evolução no mês foi decorrente da variação do PIB nominal (-0,6 p.p.), do resgate líquido de dívida (-0,3 p.p.), do efeito da valorização cambial (-0,1 p.p.), e dos juros nominais apropriados (+0,8 p.p.)”, diz outro trecho do relatório.
Fonte: Gazeta do Povo