Cultura

Confissões de um quase gaudério

Sabe meus amigos, eu preciso lhes confessar uma coisa. Há muito tempo que eu não ficava tão alegre e tão feliz ao mesmo tempo. E olha que já sou um sujeito contente por natureza. Mas, a visita de amigos tão ilustres e tão caros revelasse num balde de bálsamos e de benções sem igual em nossa singela existência. É que depois de um tempo e isto leva tempo, nós descobrimos que a verdadeira felicidade não está nas coisas em si, no dinheiro, nos títulos ou nas joias e, sim, nos relacionamentos, nos laços de consideração e afetividade que construímos pela longa estrada da vida.
Que a felicidade não é um lugar fixo, um destino final, um Éden, um céu ou um paraíso inventado. Mas a verdadeira felicidade está no caminho, nos encontros e nas experiências. Nesta toada, arrisco-me a dizer que a felicidade é muito mais uma escolha do ser, um estado de espírito, uma tomada de decisão da mente e da alma imortal e viajora. E este sentimento efêmero e fugaz de plenitude passa obrigatoriamente pela gratidão. E, por isto, eu sou grato. Sou grato por tudo e por todos, independente da situação. É que eu descobri que o Universo tem ouvidos e que ele é movido por pequenos gestos e de pequenos obrigados. Por isto, eu agradeço pela saúde e pela vida, pela família, pelos amigos e pelo pão.

Resolvi afastar da mente todo o tipo de pensamento negativo ou violento e plantar no coração apenas sementes de alegria, gentileza, esperança e amorosidade. É que o maior barato da vida, talvez quem sabe, seja mesmo ser integral, ser simples e manso de coração. Ser você mesmo, ser autêntico, único e inigualável, nem melhor, nem pior apenas diferente. Mas eu também sei que é muito difícil ser simples. Talvez a melhor dica ou direção neste sentido, seja calçar as sandálias da humildade intelectual, buscar a Deus e a espiritualidade, praticar a contemplação meditativa, tentar andar pelo caminho reto, praticar o “amor fati”, a vida refletida e fazer muita prece. Bah, tche, me emocionei de novo. Mas, que barbaridade! Obrigado amigos e até breve.

Mário Vieira

Mário Vieira

Capixaba, casado, autor e advogado

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