Saúde

Tomar café faz as células viverem mais? Veja o que diz novo estudo

Estudo britânico revela como a cafeína ajuda a desacelerar o envelhecimento das células

Por Isabela Oliveira

A cafeína pode até fazer mal para o sono, mas tem os seus benefícios! Cientistas descobriram que o café energiza as células de modo que retarda o envelhecimento. De acordo com um novo estudo, da Universidade Queen Mary, de Londres, publicado na revista Microbial Cell, a cafeína ativa a antiga enzima sensível a combustível AMPK, um caminho de longevidade que ajuda as células a controlar o estresse, reparar danos e viver mais.
Com a nova pesquisa, os cientistas compreenderam o funcionamento da cafeína nas células. Ele também ajuda a entender suas conexões com redes de genes e proteínas responsivas a nutrientes e estresse. Para isso, a equipe estudou a levedura de fissão, organismo unicelular semelhante às células humanas, descobrindo que cafeína acessa um antigo sistema de energia celular.

Anteriormente, o mesmo time descobriu que a cafeína ajuda as células a viverem mais, atuando sobre o regulador de crescimento TOR (Alvo da Rapamicina). Este interruptor biológico informa às células quando crescer, com base na quantidade de alimento e energia disponíveis, controlando as respostas energéticas e de estresse em seres vivos.

Já no novo estudo, os cientistas entenderam que o café não atua diretamente no TOR, mas sim ativando o sistema AMPK. A proteína quinase ativada por AMP é um medidor de combustível celular evolutivamente conservado em leveduras e humanos. Ela desempenha um papel vital na manutenção do equilíbrio metabólico. Além disso, a AMPK também é alvo da metformina, remédio antidiabético em estudos pelo potencial de prolongar a vida humana junto com a rapamicina.

Quando suas células estão com pouca energia, a AMPK entra em ação para ajudá-las a lidar com a situação”, disse o Dr. Charalampos Rallis, autor sênior do estudo. “E nossos resultados mostram que a cafeína ajuda a acionar esse mecanismo”.

Dessa forma, o efeito da cafeína na AMPK influencia o crescimento das células, reparam seu DNA e respondem ao estresse, fatores que têm ligação com o envelhecimento e com as doenças.

Fonte: Giz Brasil

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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