Imagina o claro,O nada, o brancoE a falta SomenteO silêncio inerteE sepulcral dasLínguas cansadas,A ausência total eAbsoluta do gostoE do cheiro O corpo sem vida,A insipiência total,A ausência do serE a falta de sal O corpo sem vida,A folha ao léuA alma sem corE a vida sem arteE sem sentido O
E o dia raiara fulminanteOs passarinhos animadosCantavam a plenos pulmõesE os botões das floresDesabrochavam com presa Até parecia queA vida estavaAtrasada e precisavaCom urgência exibirToda a sua pujança Os raios solaresAtingiam grandeParte das criaturasQue ainda seEspreguiçava Nuvens esparsasDecoravam um céuDe azul anil, fumaçasBrancas escapavamPelas chaminés dasCasas e
Olhos atentosQue nos fitam,Olhos fixos queNos caçam e queNos seguem porTodos os lugares Olhos abertos,Aflitos e curiososOlhos sequiososDe desejo, de amorE de graça Olhos ávidos queNos procuram porToda parte, olhosArregalados que nosSecam, nos desejamE que nos devoramO tempo inteiro Olhos invejosos eIrrequietos, olhosTrêmulos eAmedrontados,Olhos culpadosE olhos ansiosos
A boca da noiteApresentava-seTrevosa, nuvensEscuras carregadasDe ressentimentoE ódios variados Rajadas de ventosIntrusivos do norteForçavam as copasDas árvores que aContragostoBeijavam o solo Chuvas intensasLavavam as ruasInundando as almasCom um medo mórbido O espírito do tempoEra de guerra, divisãoDestruição e morte,E os seres humanosSem se dar conta,Imersos em suaImensa
No dia últimoDa despedidaPude divisarPela fresta daPorta e em meioA um facho de luzO silêncio queSaltava dos teusOlhos Percebi de longeA angústia queSaltava das pálpebrasA palidez no rostoE a secura dosLábios tremeluzentes Tive o ímpetoDe voltar e de novoAtirar-me em teusBraçosMas, o quePoderia eu dizer,Se o amor acabou
Para Aristóteles, o homem estaria no topo da escada da criação, pois, além da capacidade de crescer, se alimentar e se multiplicar ele tem a capacidade de observar o mundo que o cerca e de se locomover na natureza. E, segundo o renomado escritor Jostein Gaarder em sua festejada obra “O Mundo de Sofia”, Romance […]
A amizadeÉ um bálsamoUm raro perfumeQue se espraiaPela existênciaDa gente A amizadeÉ uma joia raraDifícil de serAchada, masQue quandoEncontrada deveSer preservada A amizadeÉ uma florExótica queDeve serCultivada emNossos corações A amizadeÉ música suavePara os ouvidosQue serve paraEmbalar a vidaE colorir osNossos sonhos A amizadeÉ um tipo de amorGratuito e semErotismoAh,
Semicerrei os olhosE estiquei a vistaPara muito além dosLimites dos meusParcos sentidos Fiz um silêncioAbsurdo, quaseSepulcral, prendiA respiração e meMantive inerte,Totalmente paralisado Concentrei-mePor completo naCena e esperei aflitoPor um mero sinalDe sua inextinguívelPresença
Pingos de cristalQue escorremChorosos pelasFolhas das plantas Gotas benfazejasDe vida que inundamA terra fazendo brotarOutros tantos tiposDe vida por aí a fora Lindas lágrimasDa natureza queSaciam a sede dasPlantas e dos animais Bocados de águaQue nutrem, refrigeram,Alimentam e tornamPossível a vidaEm todo o ecossistema Minúsculos pedaçosDe chuva curativa eCriadoraBendita,
Para que tantasPreces, tantasRezas, súplicas,Prédicas e orações? Para que tantasMissas, tantos ritos,Tantos cultos, tantasImagens, velas e sermões Para que tantasPalestras e cerimônias,Ofertas e jejuns, tantosPedidos e tantasPromessas vãs? Para que tanta fé,Tantos sacrifícios,Tantas catedrais dePedra e tanta devoção Se tais atos nãoDerivam da almaE do coração, seVocê não













Comentários