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Cultura

Sinais

Haverá sinaisTênues e suavesFinos e singelos Haverá rastros,E marcasProfundas porTodos os lados Haverá pistas,Indícios, semiprovas,Mostras e vestígiosPor todos os cantosE recantos doNosso mundo De certo queHaverá rosasE espinhos,Manchas,Sombras,Sangue, suorE lágrimasPelo caminho Mas, acimaDe
Cultura

Tabelas

Ando pelas beiras,Ruas e vielas daAlma, viajo pelosGuetos, becos eFavelas do espírito Sigo pelos atalhosÍngremes do mundo,Atravesso desertos eMares bravios, nãoAndo nu, nemVestido, mas meCubro de retalhos Caminho só e emPerpétuo silêncio,Deslizo entre vias eEsquinas da terra,Vago a esmo entrePerguntas e respostasQue acho que jamaisSerão respondidas Mesmo assim, euBusco
Cultura

A pena

A pena leveE a folha emBranco sempreMe desafiaramSempreInstigaramO meu espírito A penaLeve e afoita,Aflita emEscreverContos eAnsiosa emRevelarMemórias A folhaEm brancoVazia eLacunosaCheia deDesejo emSer vazada,Em ser, enfim,Preenchida A penaE a folhaSempre seEncontraramE se completaramNa minha frente Falando muitoSem dizer nada,Esperando com féO concurso daMão hábil
Cultura

Um lindo dia

Mais um lindo diaSe descortina entreAs retinas atônitasDos meus acanhadosOlhos Gotas e mais gotasDe chuva se precipitamDas árvores molhadas,Como se quisessem lavarAs almas dos homensQue ainda dormem Um belo espetáculoNatural que se repetePor séculos e séculosInfindos e inesgotáveis Raios de sol rasgamO véu da manhãAnunciando a alegriaDe um novo dia queSe inicia E eu se
Cultura

Cansaço bom

Que cansaçoBom é o cansaçoDo fim do diaTrabalhadoCom esmero eRealizado comAfinco Que fadigaBoa é a fadigaResultante daTarefa bemExecutadaE da missãoCumpridaCom dedicação Que cochiloBom é oCochilo tiradoEntre umEsforço eOutro Que sensaçãoBoa é aSensação doPão ganhoCom honestidadeE do deverCumprido Que belaCor é a corDas mãosPuras queDeram duroSem seCorromperem E como
Cultura

De volta

A vida é umEterno recomeço,Cheio de idasE vindas e nósSempreVoltamos aoPonto de partida Cada vezMais sábiosE mais fortesTentando evitarOs erros doPassado CaminhamosCom os pésNo chão e osOlhos no céuTentandoEntender osMistérios doMundo CavandoMasmorrasAos víciosE exigindoTemplos àVirtude SeguimosFirmes,DispostosE contentes SempreConfiantesNa providênciaDivina que tudo
Cultura

Causalidade

Saiba que naVida nadaAcontece porAcaso e queNinguémCruza o nossoCaminho porNada Tudo estáConectado,Tudo estáRelacionado,Somos comoFios tecidosNo tapete deUm mesmoDestino do ser O mundoNão é caóticoComo parece,Mas, sim, umTodo finito eOrdenado Invariavelmente,Colhemos oQue plantamos,Pois vige entreNós a lei deCausa e efeito Por isto sejaEmpático,Leve e
Cultura

No porto

Depois de tantoNavegar pelosMares braviosDo mundo,Finalmente, euAvisto o porto Vencidas guerrasE batalhas semFim e sufocadasMilhares de revoltasÍntimas, o meuEspírito aventureiro,Enfim, divisa o cais Após superarTurbulências,TempestadesE maremotosCom altivez eCom coragem, DepoisDe suportar oEntrechoqueFeroz das paixões Uma vez,Vencida a lutaCruel do egoContra o self,Do
Cultura

Insânia

É preciso darUm basta nestaProsa tola, nestaIdeia fraca É preciso dizerChega para estaMente tosca ePara estePensamentoAtávico É necessário eUrgente virar oDisco e mudarO canal destePapoPolarizado eSuperficial Dizer não aoDiscurso de ódioE afastar de vezO preconceito eA ideia fixa dePredileção e deSeparatividade Recusar a ideiaRasa, a vala comumDo debate estéril,Do
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