Haverá sinaisTênues e suavesFinos e singelos Haverá rastros,E marcasProfundas porTodos os lados Haverá pistas,Indícios, semiprovas,Mostras e vestígiosPor todos os cantosE recantos doNosso mundo De certo queHaverá rosasE espinhos,Manchas,Sombras,Sangue, suorE lágrimasPelo caminho Mas, acimaDe
Ando pelas beiras,Ruas e vielas daAlma, viajo pelosGuetos, becos eFavelas do espírito Sigo pelos atalhosÍngremes do mundo,Atravesso desertos eMares bravios, nãoAndo nu, nemVestido, mas meCubro de retalhos Caminho só e emPerpétuo silêncio,Deslizo entre vias eEsquinas da terra,Vago a esmo entrePerguntas e respostasQue acho que jamaisSerão respondidas Mesmo assim, euBusco
A pena leveE a folha emBranco sempreMe desafiaramSempreInstigaramO meu espírito A penaLeve e afoita,Aflita emEscreverContos eAnsiosa emRevelarMemórias A folhaEm brancoVazia eLacunosaCheia deDesejo emSer vazada,Em ser, enfim,Preenchida A penaE a folhaSempre seEncontraramE se completaramNa minha frente Falando muitoSem dizer nada,Esperando com féO concurso daMão hábil
Mais um lindo diaSe descortina entreAs retinas atônitasDos meus acanhadosOlhos Gotas e mais gotasDe chuva se precipitamDas árvores molhadas,Como se quisessem lavarAs almas dos homensQue ainda dormem Um belo espetáculoNatural que se repetePor séculos e séculosInfindos e inesgotáveis Raios de sol rasgamO véu da manhãAnunciando a alegriaDe um novo dia queSe inicia E eu se
Que cansaçoBom é o cansaçoDo fim do diaTrabalhadoCom esmero eRealizado comAfinco Que fadigaBoa é a fadigaResultante daTarefa bemExecutadaE da missãoCumpridaCom dedicação Que cochiloBom é oCochilo tiradoEntre umEsforço eOutro Que sensaçãoBoa é aSensação doPão ganhoCom honestidadeE do deverCumprido Que belaCor é a corDas mãosPuras queDeram duroSem seCorromperem E como
A vida é umEterno recomeço,Cheio de idasE vindas e nósSempreVoltamos aoPonto de partida Cada vezMais sábiosE mais fortesTentando evitarOs erros doPassado CaminhamosCom os pésNo chão e osOlhos no céuTentandoEntender osMistérios doMundo CavandoMasmorrasAos víciosE exigindoTemplos àVirtude SeguimosFirmes,DispostosE contentes SempreConfiantesNa providênciaDivina que tudo
Saiba que naVida nadaAcontece porAcaso e queNinguémCruza o nossoCaminho porNada Tudo estáConectado,Tudo estáRelacionado,Somos comoFios tecidosNo tapete deUm mesmoDestino do ser O mundoNão é caóticoComo parece,Mas, sim, umTodo finito eOrdenado Invariavelmente,Colhemos oQue plantamos,Pois vige entreNós a lei deCausa e efeito Por isto sejaEmpático,Leve e
Depois de tantoNavegar pelosMares braviosDo mundo,Finalmente, euAvisto o porto Vencidas guerrasE batalhas semFim e sufocadasMilhares de revoltasÍntimas, o meuEspírito aventureiro,Enfim, divisa o cais Após superarTurbulências,TempestadesE maremotosCom altivez eCom coragem, DepoisDe suportar oEntrechoqueFeroz das paixões Uma vez,Vencida a lutaCruel do egoContra o self,Do
É preciso darUm basta nestaProsa tola, nestaIdeia fraca É preciso dizerChega para estaMente tosca ePara estePensamentoAtávico É necessário eUrgente virar oDisco e mudarO canal destePapoPolarizado eSuperficial Dizer não aoDiscurso de ódioE afastar de vezO preconceito eA ideia fixa dePredileção e deSeparatividade Recusar a ideiaRasa, a vala comumDo debate estéril,Do
Um dia frioEivado de nuvensUm corpo quenteCoberto de pano Um dia lindoRepleto de faunaUma taça cheiaCompleta de vinho Um dia cálidoCercado de calmaUm dia no sítioRecheado de flora Um dia fartoComposto de paz,De amor e de amizade
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