Saúde

Fiocruz prevê vacinar 65 milhões no 1º semestre de 2021

Total de vacinados deve chegar a 130 milhões de brasileiros em 2021; serão aplicadas duas doses com 28 dias de prazo entre elas

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aumentou a expectativa de vacinação dos brasileiros contra o coronavírus após o anúncio de eficácia divulgado pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford. Segundo a instituição, a previsão é vacinar 65 milhões de brasileiros no primeiro semestre do ano que vem e outros 65 milhões no segundo semestre de 2021.
O aumento de 30% no alcance da vacina ocorre porque a estratégia que se mostrou mais eficaz é a de usar meia dose — e não uma dose inteira — na primeira etapa. A vacina de Oxford foi administrada de duas formas diferentes: na primeira delas, os voluntários receberam metade de uma dose e, um mês depois, uma dose completa. Nesse grupo de voluntários, a eficácia foi de 90%. Já no segundo grupo, que recebeu duas doses completas da vacina, a eficácia foi reduzida a 62%.
“O que nos deixa mais otimistas é que esse protocolo com eficácia de 90% traz um ganho de rendimento porque a primeira dose será com quantidade menor da vacina. E isso tem impacto muito significativo porque permite que o número de pessoas que vão receber cresça 30%”, diz Marco Krieger, vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz.
Segundo Krieger, havia a expectativa de produzir 200 milhões de doses para vacinar 100 milhões de pessoas no Brasil no ano que vem. “Vamos conseguir produzir 260 milhões de doses e vacinar 130 milhões de brasileiros (em 2021)”, diz Krieger. A estratégia de priorização de quem receberá a vacina ainda está sendo definida, mas é provável que sejam priorizadas as pessoas mais vulneráveis, como os idosos, e os profissionais de saúde.
Não está descartado, porém, começar a vacinação em regiões do Brasil que estejam com altos números de infectados no momento em que o imunizante estiver disponível. A expectativa da Fiocruz é começar a vacinação entre o fim de fevereiro e o início de março. Serão aplicadas duas doses. A primeira terá menos imunizante. A segunda, de dose completa, será aplicada 28 dias depois.

Foto de capa: Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro (RJ) (Fiocruz/Divulgação/Estadão Conteúdo)

Fonte: Terra

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