Religião

Juristas fazem petição ao STF em defesa da liberdade de pregação religiosa

Por *Dr. William Douglas

Apesar da liberdade de pregação ser uma garantia constitucional no Brasil, casos de processos judiciais contra o posicionamento de pastores e padres vêm se tornando recorrentes no país, motivo pelo qual o Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR) resolveu criar uma petição pública para ser encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A petição trata especificamente da Ação Direta de Inconstitucionalidade n° 26 (ADO 26), que equiparou a homotransfobia ao crime de racismo previsto na Lei n° 7.716/1989. Isto, porque, ela tem sido usada de forma maliciosa por membros do Ministério Público Federal, no sentido de usá-la injustamente contra a liberdade de pregação.

Religiosos, padres e pastores estão sendo criminalmente denunciados por exercerem sua fé e ensinarem princípios baseados na Bíblia, em um claro desrespeito à liberdade garantida por nossa Constituição”, diz a petição.

O IBDR lembra que ao aprovar a ADO 26, o STF deixou claro que o dispositivo jurídico não envolve a liberdade de pregação, fazendo questão de destacar isso no texto, o que parece estar sendo ignorado de forma proposital por membros do Judiciário.

O texto da ADO 26 é cristalino nesse quesito, inclusive ao proteger, também, a liberdade de ensino referente à ética bíblica sobre sexualidade. Diz o trecho: “a repressão penal à prática da homotransfobia não atinge, restringe ou limita o exercício da liberdade religiosa […], garantindo-se o direito de pregar e divulgar, livremente, por meio da palavra, da imagem ou de qualquer outro recurso, seus pensamentos e convicções, conforme estabelecido em seus livros e códigos sagrados, bem como o direito de ensinar segundo sua orientação doutrinária e/ou teológica, podendo buscar e conquistar fiéis, e realizar os atos de culto e liturgia”.

Apesar da clareza textual, o IBDR diz que “em várias partes do país, membros do Ministério Público têm ignorado essa ressalva fundamental e têm movido denúncias criminais contra padres e pastores por pregarem seus valores e crenças religiosas”.

O resultado disso, mesmo que não resulte em condenação, tem sido o “desgaste moral e financeiro” dos líderes religiosos, o que flagrantemente viola as garantis constitucionais estabelecidas nos artigos 5o, VI, VII e VIII, e 19, I.

Pastor, desembargador federal, professor e autor de vários livros,*Dr. William Douglas se posicionou em favor da petição (que pode ser acessada aqui), pedindo a população para apoiá-la.

Fonte: Notícias Gospel+

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

Related Posts

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

EnglishPortugueseSpanish