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Dragão-vela, o animal que parece saído da pré-história

Por Vitoria Lopes Gomez

Um réptil coberto de escamas e com aparência mítica, como se fosse um dragão de desenho: este é o dragão-vela. Apesar de parecer ter saído de um tempo pré-histórico, esse animal é real e está vivo nos dias de hoje. Também conhecido como lagarto-vela, o réptil faz parte da mesma subordem das iguanas e dos camaleões, mas pertence a um gênero completamente próprio. Conheça!
Apesar de lembrar um dragão como descrito nas histórias e filmes, o dragão-vela é um réptil que faz parte de um gênero próprio, o Hydrosaurus. São pelos menos cinco espécies conhecidas, sendo quatro nativas da Indonésia e uma encontrada nas Filipinas.

Uma delas é o dragão-de-barbatana-de-vela-gigante indonésio (Hydrosaurus microlophus). Ele é o maior e mais pesado entre as cinco espécies. Outra delas que chama atenção é o lagarto-de-barbatana-de-vela-filipino (Hydrosaurus pustulatus), pois os machos ficam com coloração azul ou violeta durante a temporada de acasalamento.

O nome dragão-vela tem motivo. Uma das principais características do animal é uma estrutura em forma de vela na cauda, que os ajuda a deslizar entre rios, manguezais e florestas tropicais. Junto com a cauda, os pés achatados permitem que eles corram pela superfície da água por alguns segundos, como se estivessem flutuando.

Hydrosaurus pustulatus (Foto: iStock)

Hábitos do réptil
Quando filhotes, os dragões-vela costumam caçar ratos, insetos, ovos e lagartos menores à beira dos rios. Conforme eles amadurecem, passam a ter uma dieta onívora, formada por flores, frutas, folhas e carne. Outra característica curiosa é uma espécie de olho no topo da cabeça. Trata-se de um conjunto de células fotorreceptoras sensíveis à luz. A razão por trás dessa estrutura ainda é um mistério para a ciência. Pesquisadores acreditam que ela ajude os animais a regular a produção hormonal através de detecção de luz e regular processos biológicos.

Ainda se sabe pouco sobre o dragão-vela. Segundo o IFLScience, a curiosidade em torno do réptil fez com que ele se tornasse alvo do comércio ilegal de animais selvagens, com algumas espécies entrando em situação de risco. Um estudo de 2014 se dedicou a estudar um pouco mais sobre esse ser. Na ocasião, cientistas coletaram amostras de DNA de 20 exemplares que haviam sido vendidos ao mercado ilegal em Manila, nas Filipinas, e os compararam com outros 80 animais encontrados nos habitats naturais. Esse processo revelou uma espécie nova, que ainda não havia sido identificada.

Fonte: Olhar Digital

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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