Ciência

Centenas de esqueletos medievais são descobertos na Abadia de Westminster

Durante escavações do terreno em Londres, arqueólogos também encontraram destroços de uma sacristia demolida no século 17

Restos mortais de centenas de pessoas foram encontrados no terreno da Abadia de Westminster, em Londres, na Inglaterra, além de uma sacristia medieval usada por monges durante o século 13. Inaugurada há quase mil anos, em 1090, a Abadia de Westminster foi reconstruída na década de 1250 a pedido do Rei Henrique III, que também ordenou a criação da sacristia. O recinto era onde os monges guardavam suas vestes, lenços de altar, cálices e outros itens religiosos usados em missas.
Antes disso, entretanto, o local era usado como cemitério para monges, segundo pesquisas arqueológicas recentes no terreno da Abadia. O estudo, liderado pelo arqueólogo Chris Mayo, revelou diversos corpos enterrados, incluindo um muito bem conservado que estava enterrado em uma sepultura forrada por giz.
“É preciso ter cuidado por onde anda”, disse Chris Mayo, apontando para um fragmento de crânio saindo do solo, em entrevista ao The Guardian. “Você pode ver do chão que há enterros por toda parte”.
Como explicam os historiadores, a sacristia foi reaproveitada e se tornou uma habitação doméstica até ser demolida em 1740, ao apresentar risco de desabamento. Mais de um século depois, em 1869, o célebre arquiteto Sir George Gilbert Scott reencontrou a sacristia enquanto trabalhava na Abadia.

Arqueólogos também encontraram os destroços de uma sacristia demolida no século 17 (Foto: Abadia de Westminster)

Dentre as descobertas de Mayo e sua equipe estão uma bacia, que provavelmente era usada pelos monges para lavar as mãos ao entrar no local, e um tubo de chumbo, que teria fornecido água para o mosteiro e provavelmente data do século 13. Além disso, muitos fragmentos de gesso medieval pintado foram encontrados, sugerindo que as paredes do recinto eram decoradas com flores pintadas à mão de vermelho, branco e preto.
Os pesquisadores também acharam um grande número de objetos domésticos do século 18, incluindo pratos de porcelana, penicos, vasilhas de vidro e uma variedade de pentes e escovas. Ainda assim, para Mayo, sem dúvidas a maior descoberta foi a de centenas e centenas de ossos humanos.

Fonte: Revista Galileu

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