Tecnologia & Inovação

Exército dos EUA quer criar robôs com músculos semelhantes aos humanos

O Exército dos Estados Unidos está desenvolvendo sistemas robóticos que utilizam tecidos musculares semelhantes aos humanos, que podem lhes dar “agilidade e versatilidade nunca vistas antes”, segundo os pesquisadores. O projeto de robótica bio-híbrida integra organismos vivos a sistemas mecânicos para melhorar seu desempenho.
“Embora impressionantes por si só, os robôs de hoje são implantados para servir a um propósito limitado”, afirma Dean Culver, cientista do Laboratório de Pesquisa do Exército (Army Research Laboratory ou ARL), responsável por conduz o estudo em parceria com a Universidade Duke e da Universidade da Carolina do Norte.
“A ARL quer que os robôs sejam companheiros de equipe versáteis, capazes de ir a qualquer lugar que os soldados possam e mais, adaptando-se às necessidades de qualquer situação”, completa.
As primeiras aplicações para robótica bio-híbrida que a equipe vem trabalhando são plataformas com pernas semelhantes aos drones de Locomoção e Adaptação de Movimento do Exército (LLAMA), e os Sistemas de Apoio de Esquadrão de Pernas do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA (LS3).
“Um obstáculo que os robôs baseados em solo enfrentam hoje é a incapacidade de se ajustar ou se adaptar instantaneamente a terrenos instáveis”, afirma Culver. “A atuação muscular, embora certamente não seja a única responsável por isso, é um grande contribuinte para a capacidade dos animais de navegar em terrenos irregulares”.

As equipes da Universidade Duke e da Universidade da Carolina do Norte conduzem a pesquisa computacional simultaneamente. Os cientistas do Exército trabalharam na mecânica teórica que pode ser testada com os dados coletados dos computadores e experimentos.
Uma equipe separada ainda produz do design dos músculos, tendões e ligamentos dos robôs, de forma que deixará a “construção” ainda mais realística.
“O tecido muscular é excelente em produzir uma quantidade específica de potência mecânica em um determinado momento — e sua versatilidade é incomparável na atuação robótica hoje”, avalia Culver.

Fonte: Olhar Digital

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