Comportamento & Equilíbrio

Ser otimista pode ajudar a viver melhor na velhice, aponta estudo

Desde muito cedo as pessoas costumam imaginar como será sua vida quando envelhecerem. E quanto mais o tempo passa, mais perguntas surgem: como estarei daqui a 30 anos, terei amigos, serei saudável, ativo? Para avaliar a autopercepção e o próprio otimismo em relação à velhice, pesquisadores da Universidade Estadual do Oregon, nos Estados Unidos, descreveram em um estudo como a influência do nosso próprio “eu” interfere no processo de envelhecimento, refletindo em uma boa qualidade de vida na velhice ou não.
“Pesquisas anteriores mostraram que as pessoas que têm uma visão positiva do envelhecimento aos 50 anos vivem 7,5 anos a mais, em média, do que as pessoas que não têm”, disse Karen Hooker, coautora do estudo. Os pesquisadores queriam entender como as autopercepções do envelhecimento estão ligadas e influenciam na saúde.

Como o estudo foi feito?
Os especialistas usaram questionários respondidos por 244 adultos de meia-idade e idosos, nos quais foram analisados, especialmente, dois fatores: a capacidade de uma pessoa de se tornar o que deseja ser no futuro (autoeficácia); e otimismo como um traço geral de personalidade, isto é, o quão capazes elas se sentiam de se tornarem a pessoa que esperavam, e evitar se tornar a pessoa que temiam ser.
Os participantes disseram se concordavam ou discordavam de afirmações como: “as coisas estão piorando conforme eu envelheço”, “eu tenho tanta energia quanto no ano passado”, “quando envelhecer serei menos útil”, “em tempos de incerteza espero pelo melhor”?

E quais foram as conclusões?
Entre os “eus” que eles desejavam se transformar estavam: pessoas sociáveis, com amigos e saudáveis. Já entre o que eles temiam ser no futuro estavam: doentes, rabugentos, zangados e dependentes dos outros para necessidades do dia a dia.
Segundo os autores do estudo, um dos principais problemas enfrentados pelos idosos são os estereótipos negativos que os taxam de incapazes de realizar suas próprias tarefas no dia a dia, como dirigir, fazer compras ou realizar pagamentos. E isso realmente pode influenciar e causar danos reais à saúde.
“As pessoas precisam perceber que algumas das consequências negativas para a saúde na vida adulta podem não ser motivadas biologicamente. A mente e o corpo estão todos interligados”, disse a coautora do estudo.
Ela avalia que quando acreditamos que coisas ruins vão acontecer, ao longo do tempo, isso pode contribuir para que nossa saúde realmente seja afetada e, consequentemente, vivermos as coisas que tanto temíamos.
“Os idosos podem fazer algumas coisas melhor do que os jovens. Aumentar as oportunidades de relacionamentos é uma maneira de tornar as pessoas mais otimistas quanto ao envelhecimento”, diz Hooker. O estudo concluiu que a forma como alguém avalia como será sua velhice pode influenciar no futuro.

Fonte: UOL

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