Por que você não deve se definir como vítima e o que fazer no lugar disso
A vida nem sempre é justa e muitas vezes, de fato, somos vítimas de injustiças ou de pessoas mal-intencionadas.. No entanto, por mais que tenham nos feito mal, quando você se vê como uma vítima, você se torna uma. Quando você se identifica como uma vítima, automaticamente abre mão de seu poder e deixa que qualquer outra pessoa ou circunstância te defina. Provavelmente todos nós já fomos vítimas de algo ou alguém em algum momento de nossas vidas, mas a verdade é que podemos rejeitar o papel de vítima sem negar a realidade e é sobre isso que falaremos hoje.
Pensa comigo: se aceitamos ser vítimas, estaremos então abrindo mão de nosso próprio poder e independência. E a saída é mais simples do que parece: ela está na sutileza da linguagem, uma pequena distinção que faz toda a diferença. Em vez de nos definirmos como vítimas, por que não apenas dizer que fomos vítimas? Existe uma diferença imensa entre descrever o ato e não a pessoa. Significa dizer que você foi abusado, maltratado, intimidado, enganado ou qualquer outra coisa, mas ao mesmo tempo não arranca o seu poder e não define todo o seu futuro.
Por ser um verbo, a palavra ‘vitimar’ descreve um momento no tempo, não uma pessoa. Essa simples mudança retrata uma realidade sem transformá-la em uma perpetuidade, definindo alguém como uma vítima. Está vendo como tudo é uma questão de perspectiva? No entanto, não devemos simplificar demais e simplesmente passar um papel em branco em nosso passado, por mais dolorido que ele tenha sido. Devemos aprender com ele, e portanto embora não queiramos nos definir como vítimas, também não queremos apagar uma parte importante da nossa história, uma parte que pode ter desempenhado um papel mais importante em nosso crescimento e desenvolvimento pessoal do que qualquer outra coisa.
O que fazer para não se definir como vítima
Diante de uma injustiça, as pessoas costumam achar que somente possuem duas opções: ignorar completamente o que aconteceu, fingindo estar tudo bem ou abraçar o papel de vítima da vida. É exatamente aí que mora o engano, uma vez que existe uma terceira via, que é a usar esse sofrimento como oportunidade para nos tornarmos uma pessoa mais sábia, gentil e empática. É abraçar nossa vitimização sem nos tornarmos vítimas, entende?
O sofrimento é um grande professor e unificador, tudo o que você precisa fazer é parar de ignorá-lo. Quando somos vitimados, ganhamos alguns insights e poder. Podemos reconhecer aquelas pessoas, que provavelmente também foram vítimas de alguém, ou mesmo que estão apenas sofrendo, e ter empatia com suas experiências. Crescemos com as experiências dolorosas, mas para isso é preciso estar de coração aberto.
Fonte: Balaio do Bem