A imbecilidade e a insensatez do STF e do Congresso Nacional
Ao mesmo tempo em que condenam arbitrariamente um deputado federal, concedem prisão domiciliar ao operador do mensalão, Marcos Valério, que movimentou mais de R$ 141 milhões do setor público. Que paradoxo social!
Muito se questiona sobre a conduta dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Decisões bizarras, sem fundamentação jurídica, desconexas e, na maioria das vezes, carregadas de viés político e ideológico, desrespeitando a todo instante nossa Carta Magna.
A imbecilidade e insensatez do STF são tão vastas que, na última sexta-feira (20), Alexandre de Moraes determinou o bloqueio de todos os bens do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), indultado com a graça da Presidência da República. Enquanto isso, no luxuoso STF, somos obrigados a engolir a decisão de mais um ministro da Corte, Luiz Roberto Barroso, que concedeu a progressão do regime semiaberto para o aberto a Marcos Valério, ninguém menos que o operador do mensalão que, segundo o Ministério Público Federal (MPF), com sua agência de publicidade, movimentou mais de R$ 141 milhões, surrupiados de estatais, entre elas, a Petrobras, que esperamos urgentemente pela sua privatização.
As canetadas, sem nenhum critério, são disparadas a torto e a direito e sempre em direção a parlamentares apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Se é provocação ou somente uma tentativa de medir nível de testosterona, não sabemos, mas nos tranquilizamos quando vimos o presidente e toda sua equipe técnica jogando o “feijão com arroz” dentro das quatro linhas e, nitidamente, com apoio claro da grande maioria da população.
Em 2020, o presidente cantou a pedra ao criticar o discurso politiqueiro de prefeitos e governadores do ‘fecha tudo que a economia a gente vê depois’ e foi duramente criticado e apedrejado pela falsa mídia, alegando que ele estaria contrariando recomendações da falida e inconfiável Organização Mundial da Saúde (OMS). Tanto estava certo, que o Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou que o Brasil terá uma geração mais pobre, por consequência do fechamento de escolas na pandemia.
Não podemos deixar impunes governadores e prefeitos que endossaram essa falsa argumentação do fica em casa, a economia a gente vê depois, de cunho meramente eleitoreiro, e pelas irregularidades e desvios que, segundo a Polícia Federal, foram mais de R$ 2 bilhões. Governadores como Rui Costa (PT/BA), Wilson Witzel (RJ), João Doria (SP) e tantos outros deverão pagar pelo que fizeram. Orçamentos fraudados para serviços de montagem e desmontagem de tendas, instalação de caixas d’água, geradores de energia e pisos para hospitais de campanha, fraudes em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa são apenas alguns dos crimes praticados no momento de enfrentamento à pandemia da covid-19 e que não podem ser esquecidas.
O governo federal vem fazendo a sua parte, algumas semanas atrás zerou impostos, inclusive do diesel, com o objetivo de amenizar o fardo da população que está sofrendo com a alta de preços provocadas pela guerra da Rússia com a Ucrânia e pelas especulações de uma nova variante na China. E, mais uma vez, governadores aproveitam a vulnerabilidade socioeconômica para engordarem um pouco mais os cofres públicos estatais com a arrecadação sobre os combustíveis. Para se ter uma ideia, somente sobre o combustível, a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadores e Serviços (ICMS), nos primeiros meses do ano, engordou 36%, ou seja, rendeu mais de R$ 41,55 bilhões aos cofres dos Estados.
Diante dessas intempéries, nos encontramos entre a cruz e a espada e a oportunidade para solucionarmos esse momento displicente que tivemos no passado, teremos nas eleições de outubro a chance de renovar essa péssima safra de políticos que perduram por anos no Congresso Nacional.
Por enquanto, é ter que conviver com os parasitas que nos representam como os presidentes Rodrigo Pacheco (Senado) e Arthur Lira (Câmara) e parlamentares, que ignoram solenemente qualquer compromisso com os interesses do povo e optam pela submissão na condição de serviçais aos caprichos da pior composição que a Suprema Corte já teve em toda sua história.
Sinto uma certa vergonha alheia…