Cultura

Um dia qualquer

Mais um dia se vai
E no seu final ele parte
Lento e gradual, esvai-se
Em gotas miúdas de
Sereno e de saudade

E nesta batida morosa
A tarde se finda suave,
Terminando quieta a sua
Jornada, e, assim, mais
Um dia se despede de
Nós deixando suas marcas
Inconfundíveis e indeléveis

Mais um dia, somente
Mais um dia entre tantos
Outros que se foram e que
Se perdem em nossa vasta
Memória, apenas mais um
Dia entre muitos que virão

Os dias são sempre assim,
Cheios de si, eles vêm e vão
Como ondas que morrem na
Praia da vida, eles percorrem
O tempo vagarosamente, sem
Pressa de chegar

Eles chegam e cumprem suas
Sinas sozinhos, um de cada vez,
Dia após dia, sozinhos, repletos
De fatos e de causos, satisfeitos,
Inteiros, resolutos e circunspectos

E neste dia em particular, vale a
Pena registrar que ele nada mais
É que mais um dia como outro
Qualquer, um punhado de horas
Que chegam e que passam na esteira
Do mundo, cheio de erros e de acertos,
Repleto de alegrias e de tristezas,
Feitos de encontros e partidas

Apenas mais um dia, coberto de
Benções, recheado de derrotas e
De vitórias, pedaços de estórias,
Relatos de vida, recortes de amor
(Direitos autorais reservados)

Mário Vieira

Mário Vieira

Capixaba, casado, autor e advogado

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