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Nova IA norte-americana promete “traduzir” o latido dos cães

Pesquisadores usaram modelo de IA que reconhece a fala humana para ajudar a “traduzir” o latido dos cachorros e identificar os sentimentos

Por Pablo Nogueira

Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos EUA, desenvolveram um modelo de IA (inteligência artificial) que pode conseguir “traduzir” o latido dos cães. Os pesquisadores afirmaram que a IA usa modelos de linguagem neural, como o Wav2Vec2, para decodificar a linguagem do latido de várias raças de cachorros. Assim, a IA aprendeu a identificar diferentes aspectos não só dos latidos, mas também dos animais, como a raça ou o gênero dos cachorros.
Os cientistas utilizaram dois datasets diferentes para testar a precisão desses modelos IA em diferenciar o latido de cachorros. Um dataset só contava com latidos de cachorros, enquanto o outro foi treinado usando a fala humana e, posteriormente, migrando para o latido. 

De acordo com os resultados da pesquisa, o modelo de IA treinado com o dataset que inclui a fala humana e o latido dos cães foi melhor em identificar as raças e emoções dos cachorros pelo latido. Esse modelo obteve uma precisão de 62% no quesito raça e emoção e 69% em termos de gêneros dos cães. Além disso, esse modelo compreendeu melhor a linguagem dos cachorros graças ao treinamento posterior que usou o latido de 74 cães de três raças diferentes.

Com esses resultados, os pesquisadores afirmam que utilizar os padrões que existem na fala dos humanos é a chave para compreender a linguagem por trás do latido dos cães. Conforme o estudo, o plano é continuar aprimorando os modelos de IA ampliando os datasets com mais raças, emoções e tipos de cachorros.

Assim, ela pode ser uma ferramenta útil para analisar a comunicação dos cães através do latido. Além disso, essa pesquisa também pode mudar a maneira como enxergamos o bem-estar animal. Ao entender as nuances da expressão vocal dos cachorros, os humanos vão conseguir responder melhor às necessidades físicas e emocionais dos seus pets, segundo o estudo.

Fonte: Giz Brasil

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