Política

A Semana no Brasil e no Mundo — Nova pesquisa cai como bomba para Boulos e acende alerta para esquerda

A recente pesquisa Quaest divulgada para a disputa pela Prefeitura de São Paulo revelou uma queda significativa nas intenções de voto para Guilherme Boulos, do PSol. Esse resultado acendeu o alerta vermelho no Palácio do Planalto, onde Lula, principal aliado do candidato, acompanha a situação de perto.
De acordo com o levantamento, Boulos passou de 22% em 28 de agosto para 19%. Nesse mesmo intervalo, o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), subiu de 19% para 24%, e o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) foi de 19% para 23%. Os três candidatos estão em empate técnico, considerando a margem de erro de três pontos percentuais.

A queda nas intenções de voto para Guilherme Boulos representa um risco importante, principalmente para Lula, que é um dos principais apoiadores do psolista. A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 10 de setembro, ouvindo 1.200 eleitores, e possui um nível de confiança de 95%.

A possível eliminação de Boulos ainda no primeiro turno aumentaria a pressão sobre Lula e poderia ser vista como um revés significativo para sua influência na capital paulista. O fato de Marta Suplicy, do PT, estar como vice na chapa de Boulos adiciona uma camada adicional de complexidade ao cenário político atual. (Fonte: Terra Brasil Notícias)


Deputado pede à Justiça anulação de Macaé nos Direitos Humanos

(Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Macaé Evaristo, nomeada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como nova ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, teve sua indicação contestada na Justiça nesta quarta-feira (11), pelo deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP), que protocolou uma ação solicitando a anulação da nomeação. O parlamentar afirma que o fato de Macaé responder a um processo por improbidade administrativa viola os princípios constitucionais de moralidade, impessoalidade e probidade administrativa. Procurada, a assessoria da ministra ainda não se manifestou.

Macaé Evaristo é ré na Justiça de Minas Gerais sob a acusação de superfaturamento na compra de kits de uniformes escolares quando ela era secretária de Educação de Belo Horizonte, em 2011, durante o governo do ex-prefeito Márcio Lacerda, então no PSB. O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) identificou que o preço pago pelos kits foi superior ao valor de mercado na época, o que pode ter causado um prejuízo estimado de R$ 6,5 milhões em valores atualizados. Na ação, protocolada na Justiça Federal de São Paulo, o parlamentar destaca que Macaé Evaristo firmou um acordo em 2022 para encerrar outros processos relacionados à sua gestão no governo de Minas Gerais.

Siqueira também alega que a nomeação de Macaé por Lula configura desvio de finalidade, já que a indicação pode resultar na transferência do processo em curso para o Supremo Tribunal Federal (STF), o que, em sua avaliação, poderia beneficiá-la. No processo, o parlamentar argumenta que, ao nomear alguém com histórico de acusações de improbidade administrativa, Lula compromete a integridade e a confiança pública no governo.

Nomear alguém que enfrenta investigações pode gerar questionamentos sobre a transparência e integridade na administração pública”, comentou Siqueira na ação proposta.

A ação cita ainda casos anteriores de ações populares contra nomeações de ministros, como a indicação de Alexandre Ramagem para a Polícia Federal, feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e a de Lula para a Casa Civil, realizada pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), ambas suspensas por decisões judiciais. (Fonte: Pleno.News)


Folha e Estadão alertam para incêndios e inércia do governo

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Por Thamirys Andrade

Os jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo fizeram editoriais apontando para as graves consequências dos incêndios florestais que já encobrem 60% do Brasil em fumaça. Nos textos, publicados na terça (10) e quarta-feira (11), os periódicos denunciam a falta de mobilização do governo federal em torno do tema.

O Brasil está pegando fogo. E antes fosse apenas no sentido figurado, como decorrência do acirramento de ânimos típico dos períodos eleitorais. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), queimadas naturais e criminosas cobrem nada menos que 60% do território nacional de fumaça (…). O resultado desse quadro aterrador pode ser sentido por todos, mas sobretudo idosos e crianças, os mais suscetíveis ao agravamento de doenças cardiorrespiratórias causado pelo clima desértico”, frisou o Estadão no texto intitulado O Brasil sufoca.

O Brasil enfrenta uma crise ambiental não menos impactante que as enchentes do Rio Grande do Sul. Governos e sociedade, entretanto, reagem de forma letárgica à catástrofe. Um dia virá o cômputo de mortes adicionais na tempestade perfeita de fogo e seca recordes, mas isso não é necessário para dimensionar o desastre. Rios amazônicos secam, isolando ribeirinhos; aeroportos e portos fecham; aulas são suspensas; acidentes se multiplicam nas estradas sob visibilidade reduzida”, enumera a Folha, no editorial Onde há fumaça há fogo e falta urgência.

Para o Estadão, o ato de respirar se tornou “um ato de resistência”, e embora essa “dimensão apocalíptica” dos incêndios já tenham iniciado há meses, só agora o governo federal “parece ter acordado para a gravidade da situação”, tendo viajado ao Amazonas junto de ministros.

Na avaliação do jornal, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, já dava sinais de estar “perdido” há semanas, tendo chegado a dizer que a tragédia ambiental era uma “coisa nova”.
“Nova, a rigor, não é nem a prostração do governo federal diante de um problema há muito conhecido. (…) “Está todo mundo chocado com essa situação”, lamentou Wellington Dias. Ora, chocada está a sociedade brasileira diante da incompetência do governo Lula da Silva para lidar com as queimadas, no melhor cenário, ou do descaso do presidente da República pela chamada questão ambiental, que jamais foi uma causa que o petista carregou no peito, instrumentalizando-a na medida de suas conveniências políticas de ocasião”, criticou o editorial.

A Folha, por sua vez, frisou a responsabilidade do Congresso Nacional. “O Congresso mal reage ao flagelo. Verdade que aprovou legislação sobre manejo de fogo, porém após seis anos de tramitação e três de queimadas devastadoras. (…) Cortou verbas do Ibama para combate a incêndios, depois recompostas por créditos extraordinários. Barrou a criação de uma autoridade climática por Luiz Inácio Lula da Silva (PT)”, escreveu o periódico.

“O Brasil precisa, de uma vez por todas, avançar na adaptação às mudanças climáticas. Condições meteorológicas extremas, como a seca, as ondas de calor e as enchentes já não são o “novo normal”, mas uma realidade posta. Quando se fala em proteção do meio ambiente, está-se falando de segurança hídrica, energética e alimentar. Está-se falando de vidas, portanto. Ou Lula da Silva acorda para isso e lidera um esforço nacional de adaptação às mudanças climáticas digno do nome — e não só para “inglês ver” — ou o Brasil será consumido por sua incompetência antes que as chamas possam arrasar por completo os seus biomas”, completou o Estadão. (Fonte: Pleno.News)


Pressionado, Lula anuncia a criação da Autoridade Climática

(Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert)

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou, nesta terça-feira (10), a criação da Autoridade Climática, órgão concebido ainda durante a campanha eleitoral de 2022 para cobrar das demais áreas do poder público o cumprimento de metas ambientais, mas que ainda não foi implementado. A atual ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, chegou a ser cogitada para ocupar o posto durante a transição de governo, o que não aconteceu.

“Nosso objetivo é estabelecer as condições para ampliar e acelerar as políticas públicas a partir de um plano nacional de enfrentamento aos riscos climáticos extremos. Nosso foco precisa ser a adaptação e preparação para o enfrentamento desse fenômeno. Para isso, vamos estabelecer uma autoridade climática e um comitê técnico-científico que dê suporte e articule a implementação das ações do governo federal”, disse o petista.

“Precisamos ter consciência que nós precisamos punir quem faz queimada. É proibido fazer queimada em época errada. Muitas vezes o companheiro pequeno produtor tenta fazer uma queimada na terrinha dele para fazer o roçado, mas ele pode perder o controle e aquilo pode destruir coisa que ele nem sabe que vai destruir”, apontou.

Ele mencionou a qualidade do ar de São Paulo, que foi a pior entre as principais metrópoles do mundo nos últimos dias. Lula disse que o governo federal não pode “ficar brigando” com prefeitos e que precisa transformar os líderes locais em parceiros. Segundo ele, os prefeitos precisam se sentir “cúmplices” da proteção ambiental. O presidente defendeu dar “esse ganho pela proteção da floresta” a todos os prefeitos do país. (Fonte: Pleno.News)


Trump alega manipulação em debate com Harris: ‘debate armado’

(Foto: Getty Images)

O ex-presidente Donald Trump mencionou na quarta-feira (12) que o debate televisionado na noite anterior com Kamala Harris, transmitido pela ABC News, foi tendencioso contra ele. Trump afirmou que o debate foi “armado”, embora não tenha apresentado evidências para sustentar essa acusação.

Eles arranjaram tudo, como eu suspeitava que fariam. Dá para perceber, pois corrigiam tudo para ela, mas não para mim”, afirmou Trump durante uma entrevista à Fox News, conhecida por seu alinhamento conservador.

Além disso, Trump criticou a cantora Taylor Swift por apoiar Harris. “Nunca fui fã de Taylor Swift… Ela é muito liberal. Parece que sempre apoia os democratas e provavelmente pagará por isso com suas vendas no mercado”, disse Trump.
O confronto entre Trump e Harris foi caracterizado por diversas trocas acaloradas. Harris pressionou Trump sobre várias questões-chave, enquanto Trump a acusava de falta de ação durante seu mandato como vice-presidente. Taylor Swift, uma reconhecida defensora de várias causas liberais, explicitou seu apoio a Harris logo após o debate, gerando mais discussões.

Antes do debate, Swift havia evitado comentários públicos sobre a eleição. No entanto, seus fãs, conhecidos como “Swifties por Kamala”, arrecadaram mais de 150 mil dólares para a campanha democrata. A declaração de Swift após o debate foi vista como uma resposta forte às críticas de Trump.

Ambos os candidatos afirmaram ter saído vencedores do debate, mas os efeitos reais sobre as pesquisas de opinião podem demorar alguns dias para aparecer. Especialistas apontam que análises futuras irão determinar o impacto do debate sobre a corrida presidencial. (Fonte: Terra Brasil Notícias)


Nicarágua impõe prisão para críticos do governo nas redes sociais

(Foto: Getty Images)

Atualmente, a Nicarágua é considerada uma das piores autocracias eleitorais do mundo. O ditador do país, Daniel Ortega, está no poder há 17 anos. Segundo a Assembleia Nacional, pessoas que fizerem publicações que provoquem “alarme, medo, pânico ou ansiedade” poderão ser alvos de multas e condenações. A medida também vale para quem fizer posts no exterior, incluindo estrangeiros.
A oposição afirmou que a nova lei regulamenta a censura nas redes sociais. Já o parlamento defende que o texto previne “crimes cometidos por pessoas físicas ou jurídicas dentro ou fora do país” na internet. A nova norma se soma à reforma do código penal aprovada na semana passada, que impôs penas de até 30 anos de prisão e o confisco de bens por “crimes contra o Estado” cometidos por qualquer pessoa, em qualquer país do mundo.

Para o advogado Salvador Marenco, a lei estabelece controle total do governo nas redes sociais e amplia a política de repressão. “Elas [redes sociais] foram fundamentais para a denúncia das violações graves dos direitos humanos”, disse em entrevista à AFP. O Parlamento da Nicarágua é controlado pelo governo. Apesar de ser um país com eleições, os pleitos não são livres nem justos. O regime nicaraguense impôs censura aos veículos de imprensa e persegue politicamente críticos ao governo. A Igreja Católica foi um dos alvos de Ortega.

Uma autocracia eleitoral é um sistema de governo em que o líder exerce poder absoluto, embora eleições existam formalmente. No entanto, essas eleições são manipuladas, limitando escolhas reais para a população. A Nicarágua, nesse contexto, apesar de realizar pleitos regulares, não proporciona justiça ou liberdade nos processos eleitorais. De acordo com o índice de democracias liberais do V-DEM, a Nicarágua está no 176º lugar entre 179 países, estando apenas à frente de Mianmar, Eritréia e Coreia do Norte. A avaliação, inclusive, é pior que a da Venezuela, que está em 164º lugar.

A perseguição política intensa é uma estratégia do governo de Ortega para manter seu controle autoritário. O regime não só censura os meios de comunicação, mas também processa e intimida indivíduos críticos ao governo, incluindo figuras religiosas. Em agosto de 2023, o governo expulsou o embaixador brasileiro após o Brasil não ter enviado representante para o aniversário de 45 anos da Revolução Sandinista.

A Revolução Sandinista, que ocorreu em 1979, foi uma revolta popular contra o ditador Anastasio Somoza Debayle, na qual o atual ditador Ortega foi um dos líderes. Ironicamente, Ortega, um revolucionário do passado, agora perpetua uma ditadura implacável. (Fonte: Terra Brasil Notícias)


Haroldo Filho

Haroldo Filho

Jornalista – DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

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