Pesquisa desenvolve tratamento de câncer com ultrassom de alta intensidade
Os pesquisadores estão trazendo o uso de ondas acústicas para atingir e destruir o câncer mais perto da realidade. Embora os médicos tenham usado o ultrassom de baixa intensidade como uma ferramenta de imagem médica desde 1950, os especialistas da Universidade de Waterloo estão usando e estendendo modelos que ajudam a capturar como o ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU) pode funcionar em um nível celular.
Liderado por Siv Sivaloganathan, um matemático aplicado e pesquisador do Center for Math Medicine no Fields Institute, o estudo descobriu, rodando modelos matemáticos em simulações de computador, que problemas fundamentais na tecnologia podem ser resolvidos sem qualquer risco para os pacientes reais.
A equipe cria os modelos matemáticos usados por engenheiros e médicos para colocar tudo em prática. Um dos obstáculos está trabalhando no momento de direcionar os cânceres, o HIFU também apresenta riscos para o tecido saudável. Isso porque está sendo usado para destruir tumores ou lesões cancerosas, a esperança é que o bom tecido não seja destruído. O mesmo se aplica ao focar as ondas acústicas intensas em um tumor no osso, onde uma grande quantidade de energia térmica é liberada.
Outros pesquisadores que trabalham com Sivaloganathan incluem engenheiros, que estão desenvolvendo a tecnologia física, e médicos, em particular James Drake, cirurgião-chefe do Hospital for Sick Children, examinando a aplicação prática do HIFU em ambientes clínicos.
Com isso, Sivaloganathan acredita que o HIFU fará mudanças significativas nos tratamentos de câncer e em outros procedimentos, sendo que já está encontrando aplicação prática no tratamento de alguns cânceres de próstata.
“Não tem os efeitos colaterais negativos da radioterapia ou quimioterapia. Não há outros efeitos colaterais além do efeito do calor, no qual estamos trabalhando agora. Ele também tem aplicações como uma nova forma de quebrar coágulos sanguíneos e até mesmo para administrar drogas”, comentou.
Fonte: Olhar Digital