Cientistas podem ter encontrado a cura da asma

Um estudo foi capaz de criar um novo método que, por meio de uma única dose, aliviaria permanentemente os sintomas da asma

Cientistas chineses revelaram, mediante novo estudo uma terapia celular pioneira que promete alívio a longo prazo para quem sofre de asma. E basta a administração de uma única dose ao paciente. Este novo método, baseado em técnicas avançadas normalmente utilizadas para o câncer, deu boas respostas nos testes realizados com animais. Milhões de pessoas em todo o mundo que lutam contra esta doença respiratória crônica, e agora, a pesquisa pode ter encontrado uma potencial cura.
A asma é uma doença respiratória generalizada, que afeta mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo e resulta em mais de 250 mil mortes por ano. A Asthma and Allergy Foundation of America observa que só nos Estados Unidos, mais de 27 milhões de pessoas sofrem de asma, o que representa cerca de um em cada doze indivíduos.

Os tratamentos tradicionais, como inaladores e injeções de anticorpos, requerem administração contínua e vitalícia, sem oferecer uma cura definitiva. No entanto, este novo tratamento, que utiliza CAR-T (terapia com células T receptoras de antígenos quiméricos), visa mudar essa abordagem. A equipe de pesquisa descobriu que uma única infusão dessas células modificadas proporcionou supressão sustentada da inflamação pulmonar e aliviou os sintomas da asma por mais de um ano em ratos.

A nova terapia celular representa uma opção para os pacientes com asma alcançarem a remissão dos sintomas a longo prazo e viverem uma vida normal com uma única administração de células”, relatou a equipe.

As implicações desta descoberta vão além da asma. Os investigadores sugerem que outras doenças causadas por processos inflamatórios semelhantes, como alergias, dermatite atópica ou doença pulmonar obstrutiva, também podem ser tratáveis com esta terapia celular inovadora.

A descoberta, portanto, poderia iniciar uma nova forma de tratar várias doenças inflamatórias de longo prazo, mudando completamente como estas condições são tratadas. Apesar dos resultados promissores, os médicos alertam que são necessárias mais pesquisas para avaliar a viabilidade e segurança desta abordagem em ambientes clínicos. Especialistas ainda salientam que, embora os resultados dos estudos em animais sejam encorajadores, traduzir estas descobertas para pacientes humanos ainda envolve desafios significativos.

Fonte: Olhar Digital