A Semana no Brasil e no Mundo — Após reunião de ministros com Motta, governo Lula libera R$ 336 mi em emendas

Após reunião com líderes do Congresso, o governo Lula liberou R$ 336 milhões em emendas parlamentares na última semana, em uma tentativa de amenizar a crise política com o Legislativo. O valor representa apenas 5,3% do total de R$ 6,3 bilhões já autorizados para 2025, segundo levantamento feito pelo portal Metrópoles.
A liberação ocorreu após encontro entre os ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Fernando Haddad (Fazenda) com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), realizado na semana passada. A ação foi interpretada como um movimento emergencial para conter o desgaste nas relações entre o Executivo e o Congresso, agravado pela falta de repasses.
Embora o montante liberado represente um avanço, o saldo geral ainda é considerado baixo. Para 2025, o Orçamento prevê R$ 50,38 bilhões em emendas parlamentares. Até agora, o governo pagou apenas 12,6% desse total, mesmo já tendo iniciado o segundo semestre legislativo. O atraso é atribuído à demora na aprovação do Orçamento — que só foi sancionado no fim de março — e à série de embates entre os Três Poderes, incluindo questionamentos do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a transparência desses repasses.
A escassez de pagamentos tem gerado reações até mesmo de lideranças da oposição. Segundo o Metrópoles, parlamentares do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, recorreram a dirigentes petistas para solicitar a liberação de verbas. Na prática, o bloqueio generalizado de emendas tem afetado a capacidade do governo de avançar em sua pauta legislativa.
Deputados e senadores apontam a “seca” de emendas como uma das principais razões para o ambiente hostil entre o Congresso e o Planalto. A insatisfação levou partidos da base aliada a se alinhar à oposição na tentativa de derrubar o decreto que aumentou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Alguns parlamentares já sinalizaram que também podem votar contra a medida provisória editada por Lula para compensar a perda de arrecadação após o recuo parcial no imposto. (Fonte: Hora Brasília)
Com tensão no Oriente Médio, Trump deixa G7 antes da chegada de Lula ao Canadá

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu antecipar sua saída da cúpula do G7, realizada no Canadá, e não estará presente durante a participação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão ocorre em meio ao aumento das tensões entre Israel e Irã e foi anunciada pela Casa Branca na noite de segunda-feira (16).
Segundo comunicado oficial, Trump partirá após o jantar com os demais chefes de Estado, encerrando sua participação um dia antes do fim formal do encontro. A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o republicano teve um “ótimo dia no G7” e celebrou a assinatura de um acordo comercial com o Reino Unido e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
“Muito foi alcançado, mas, devido ao que está acontecendo no Oriente Médio, o presidente Trump partirá esta noite”, declarou Leavitt nas redes sociais.
Trump chegou ao Canadá no domingo (15) e participou de reuniões fechadas com os líderes dos países do grupo em um resort nas montanhas canadenses. Durante a segunda-feira (16), os encontros se concentraram em temas como segurança energética, comércio e instabilidade internacional.
Já Lula desembarcou no Canadá na noite de segunda-feira, por volta das 18h10 no horário local (21h30 em Brasília). A participação do petista na cúpula ocorreu oficialmente na terça-feira (17), quando estava previsto um discurso e participação em reuniões bilaterais com outros chefes de governo. (Fonte: Hora Brasília)
Fraude no INSS: 43% responsabilizam governo Lula, e maioria reprova resposta da atual gestão, diz Ipsos-Ipec

Em meio ao escândalo das cobranças indevidas a aposentados, uma nova pesquisa do Ipsos-Ipec mostra que a maior parte da população atribui ao governo Lula a responsabilidade pelo agravamento do problema. Segundo o levantamento, 43% dos entrevistados consideram que o atual governo é culpado pela escalada da fraude no INSS. Outros 35% avaliam que o esquema começou durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e que a gestão petista apenas revelou o caso por meio de investigações.
A pesquisa, realizada entre os dias 5 e 9 de junho com duas mil entrevistas em 132 municípios, evidencia o desafio de comunicação e gestão enfrentado pelo Palácio do Planalto diante de um tema sensível: o prejuízo direto aos beneficiários da Previdência Social. O levantamento tem margem de erro de 2 pontos percentuais.
Entre os entrevistados, 6% disseram espontaneamente concordar com as duas versões e 4% rejeitaram ambas. Outros 12% não souberam ou não quiseram responder. A avaliação da atuação do governo no caso também é majoritariamente negativa. Apenas 22% consideram ótima ou boa a resposta da gestão federal diante do escândalo. Já 54% classificaram a atuação como ruim ou péssima.
As fraudes vieram à tona em abril, após operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), que identificou a cobrança indevida de mensalidades por sindicatos e entidades associativas em benefícios de aposentados e pensionistas. O desvio estimado gira em torno de R$ 6 bilhões, ocorrendo entre 2019 e 2024. (Fonte: Hora Brasília)
Chanceler alemão elogia Israel: “faz o trabalho sujo por todos nós” ao enfrentar o Irã

Por John Lucas
O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, elogiou publicamente, na terça-feira (17), a operação de Israel contra o regime iraniano e classificou a ofensiva militar como uma “defesa dos interesses de todo o Ocidente”. Em entrevista durante a cúpula do G7 no Canadá, Merz disse que a operação israelense representa uma ação necessária em defesa do Ocidente diante das ameaças do regime dos aiatolás.
Este é o trabalho sujo que Israel está fazendo por todos nós”, afirmou, classificando os ataques contra o programa nuclear e militares de Teerã como uma demonstração de coragem por parte da liderança e das Forças de Defesa de Israel (FDI). O líder alemão reforçou que não apenas Israel, mas também os países europeus são alvo das ações do Irã. “Nós também somos vítimas desse regime. Este regime dos mulás trouxe morte e destruição ao mundo”, declarou.
Merz avaliou ainda que os ataques israelenses podem ter enfraquecido significativamente a ditadura islâmica e colocado o futuro do país persa em xeque. Ele destacou “o maior respeito” pela postura de Israel diante do que chamou de “ameaça global”.
A Alemanha é um dos principais aliados de Israel na Europa e tem reforçado consistentemente seu apoio diplomático, político e militar aos israelenses. Além disso, a Alemanha fornece equipamentos militares de alta tecnologia a Israel e mantém cooperação estratégica em áreas de segurança, inteligência e combate ao terrorismo. (Fonte: Gazeta do Povo)
Governo Lula deve somar mais de R$ 300 bilhões em gastos fora das regras fiscais até o final de 2025

Apesar do discurso oficial de compromisso com a responsabilidade fiscal, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva deve acumular, até o fim de 2025, um total de R$ 324 bilhões em gastos extraordinários — despesas autorizadas por fora das regras fiscais convencionais. O dado, levantado pela Instituição Fiscal Independente (IFI) e confirmado por veículos como CNN e Poder360, expõe a distância entre a retórica do equilíbrio orçamentário e a prática da contabilidade de Lula.
Grande parte desse montante (R$ 241,3 bilhões) foi consumida em 2023, primeiro ano do terceiro mandato de Lula, com destaque para os efeitos da chamada PEC da Transição. A emenda constitucional aprovou um aumento de R$ 145 bilhões no teto de gastos para bancar programas como Bolsa Família, Auxílio Gás e Farmácia Popular. Além disso, o pagamento de precatórios, deixados em aberto no governo Bolsonaro, consumiu R$ 92,4 bilhões.
Essas despesas fogem das metas fiscais e alimentam um cenário de incerteza. Para 2024, a projeção é de R$ 49,3 bilhões em gastos extras. O número supera os R$ 33,8 bilhões do ano anterior e deve continuar crescendo, principalmente com novas rodadas de precatórios, gastos com o PAC via estatais, e possíveis reembolsos a aposentados vítimas de fraudes no INSS — uma fatura que pode chegar a R$ 4 bilhões.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, insiste que o governo não repetirá os “calotes” da gestão anterior e nega qualquer ameaça ao controle de despesas para 2026. Mas a série de manobras contábeis, ajustes no teto de gastos e recursos liberados sob a justificativa de excepcionalidade mostram exatamente o contrário.
A implementação do novo arcabouço fiscal em 2024, com limite de crescimento das despesas atrelado à variação das receitas, parecia sinalizar mais previsibilidade. No entanto, o uso recorrente de créditos extraordinários, autorizações judiciais e emendas constitucionais para expandir gastos por fora do sistema continua gerando alertas.
A IFI aponta que, embora parte dessas manobras não configurem tecnicamente “desvio de regras”, o efeito prático é o mesmo: degradação da credibilidade fiscal. “Causam muito temor em relação à sustentabilidade e à confiança na regra”, afirmou Pedro Souza, analista da instituição.
A justificativa da AGU para excluir da meta fiscal o reembolso de aposentados enganados reforça a tendência. A petição ao STF alega “imprevisibilidade” para justificar a criação de crédito extraordinário. No entanto, auditorias apontam que a prática de descontos indevidos no INSS ocorre desde ao menos 2016. No fim das contas, a conta é pública, mas os mecanismos de controle seguem sendo tratados como obstáculos administrativos — não como limites fundamentais. A promessa de “déficit zero” vira uma meta flexível, sempre sujeita à exceção do dia. (Fonte: Hora Brasília)
Justiça decide por prisão domiciliar, e Cristina Kirchner começa a cumprir pena por corrupção

Por Fábio Galão
A condenação de seis anos de prisão imposta a Cristina Kirchner por corrupção na licitação de obras rodoviárias entrou em vigor nesta terça-feira (17), após a Justiça conceder a prisão domiciliar à ex-presidente argentina e anular seu comparecimento perante aos tribunais.
“Cabe estabelecer que, a partir de hoje, Cristina Elisabet Fernández de Kirchner se encontra, na qualidade de detida sob a modalidade de prisão domiciliar, cumprindo a pena definitiva de seis anos de prisão, inelegibilidade especial perpétua para exercer cargos públicos, obrigações legais e as custas do processo que lhe foram impostas nesta causa”, indica a resolução judicial emitida pelo juiz Jorge Gorini.
Segundo informações do jornal Clarín, o Segundo Tribunal Federal Oral (TOF 2) determinou que Kirchner usará tornozeleira eletrônica e poderá ser visitada em seu apartamento no bairro portenho de Monserrat apenas por familiares, advogados e médicos, cujos nomes deverão ser incluídos numa lista a ser entregue à Justiça. Visitas fora dessa lista, incluindo para entrevistas à imprensa, precisarão de autorização judicial.
No último dia 10, a Suprema Corte da Argentina ratificou em última instância a condenação de Kirchner a seis anos de prisão e inabilitação perpétua para ocupar cargos públicos. No final de 2022, Kirchner e outros réus haviam sido condenados pelo TOF 2 no chamado caso Vialidad, devido a um esquema de desvios de recursos de obras públicas na província de Santa Cruz, berço político do kirchnerismo.
Em novembro do ano passado, a Câmara Federal de Cassação ratificou a sentença. Agora, o caso foi analisado em última instância pela Suprema Corte argentina. Gorini determinou que Kirchner e os outros condenados no caso deveriam comparecer à Justiça Federal de Buenos Aires dentro de cinco dias úteis para que suas sentenças começassem a ser cumpridas.
Como a ex-presidente tem mais de 70 anos (sua idade é 72 anos), sua defesa solicitou prisão domiciliar. Enquanto a análise desse pedido tramitava, Kirchner anunciou que se apresentaria à Justiça Federal em Buenos Aires na quarta-feira, o que levou militantes peronistas a convocar uma grande manifestação na capital argentina.
Por fim, com a decisão do TOF 2 pela prisão domiciliar (à qual o Ministério Público se opôs), a ex-presidente não precisará se apresentar na avenida Comodoro Py, onde estão localizados os principais tribunais da Justiça Federal argentina. (Fonte: Gazeta do Povo)