Meio ambiente

Hipocrisia: cinco dos maiores bancos do mundo estão dedicando bilhões para destruir a Amazônia

As cinco instituições financeiras citadas forneceram dezenas de bilhões de dólares para empresas de petróleo

Segundo um novo relatório do grupo de direitos ambientais e indígenas Amazon Watch, cinco dos maiores bancos do mundo estão financiamento extração de petróleo na Amazônia.
As cinco instituições financeiras citadas – Citigroup, JPMorgan Chase, Goldman Sachs, HSBC e BlackRock – já forneceram dezenas de bilhões de dólares para empresas de petróleo operarem no Peru, no Equador e na Colômbia.

Enquanto alguns bancos juram proteger o meio ambiente, contudo, a trilha derramada por seu dinheiro mostra que essas palavras não são confiáveis

Hipocrisia

A pior parte é que esses investimentos contradizem diretamente as promessas de sustentabilidade feitas voluntariamente por essas empresas nos últimos meses.
Por exemplo, em janeiro, a BlackRock, maior empresa de gestão de ativos do mundo, sediada em Nova York (EUA), prometeu “remodelar fundamentalmente o financiamento para lidar com as mudanças climáticas”.
Logo após esse anúncio, a JPMorgan Chase, uma sociedade gestora de participações sociais e líder mundial em serviços financeiros, também de Nova York (EUA), divulgou novas restrições de financiamento de carvão e de petróleo e gás no Ártico, além de compromissos ambientais de sua área de gerenciamento de ativos e um plano para financiar mais energia limpa.
A Amazon Watch descobriu, no entanto, que, no quarto trimestre financeiro de 2019, a BlackRock tinha US$ 2,5 bilhões em ações e títulos de empresas que extraem petróleo na Amazônia, enquanto as ações da JPMorgan Chase contribuíram com mais de US$ 890 milhões para a extração de petróleo na Amazônia.

A pior parte é que esses investimentos contradizem diretamente as promessas de sustentabilidade feitas voluntariamente por essas empresas nos últimos meses

O problema

Locais de extração de petróleo e gás já cobrem mais de dois terços da floresta tropical no Equador e no Peru.
Esse tipo de atividade não é somente um gigante contribuinte direto para a mudança climática, como também resulta em desmatamento, o que acaba com o sumidouro de carbono mundial e destrói territórios indígenas dos quais diversos povos e dezenas de milhares de espécies animais dependem.
Uma vez que os locais de exploração ficam em áreas remotas, isso significa que as empresas também precisam construir estradas que avançam nas profundezas das florestas, o que, por sua vez, aumenta a destruição a partir da extração ilegal de madeira, mineração ilegal, novos assentamentos e derramamento de oleoduto.
Conforme a crise climática se agrava, precisamos gradualmente eliminar a perfuração de petróleo e gás, ao invés de auxiliar e financiar as empresas que fazem isso.
Enquanto alguns bancos juram proteger o meio ambiente, contudo, a trilha derramada por seu dinheiro mostra que essas palavras não são confiáveis.

Fonte: Hypescience

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