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Paquistão paga 63 mil desempregados para plantar 10 bi de árvores

O Paquistão encontrou uma ótima forma de auxiliar trabalhadores que perderam seus empregos durante a pandemia e fazer bem ao meio ambiente. O país contratou mais de 63 mil desempregados para plantar 10 bilhões de árvores. A iniciativa faz parte de um programa de reflorestamento para amenizar os danos causados por um tsunami em 2010.
O projeto foi fundado em 2018 pelo primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, e tem como objetivo reduzir o aumento da temperatura global e o risco de desastres naturais, como inundações e secas causadas pelas mudanças climáticas.
De acordo com o Índice Global de Risco Climático 2020, o Paquistão ocupa o número cinco da lista dos países mais afetados pelo aquecimento global nos últimos 20 anos. “Essa trágica crise proporcionou uma oportunidade e a agarramos. Nutrir a natureza chegou ao resgate econômico de milhares de pessoas”, disse Malik Amin Aslam, consultor de mudanças climáticas do primeiro-ministro.
O país é um dos mais afetados pelo aumento da temperatura do planeta. A densidade de árvores do Paquistão é menor que a de seus vizinhos China, Índia e Irã.
O plantio de bilhões de hectares de árvores em uma área do tamanho dos EUA pode ser a “solução mais eficaz para combater a mudança climática até hoje”, dizem os pesquisadores. Um estudo descobriu que há potencial extra para o plantio de mais 900 milhões de hectares de árvores em áreas que naturalmente seriam de bosques e florestas.
À medida que crescem e amadurecem, as árvores podem absorver e armazenar 205 bilhões de toneladas de carbono, segundo a análise publicada na revista Science. Se a maior parte de carbono provém da atmosfera, as árvores poderiam absorver cerca de dois terços dos 300 bilhões de toneladas extras por causa da atividade humana desde a revolução industrial.
Em seu estudo, os cientistas suíços do Laboratório Crowther ressaltam que “a restauração global de árvores é a solução mais eficaz para a mudança climática até o momento”. No entanto, outros especialistas afirmaram que o estudo superestimou a quantidade de carbono que essa restauração florestal poderia tirar da atmosfera, e que o foco deveria ser a eliminação das emissões de combustíveis fósseis.

Fonte: MSN Notícias

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