Jovem se diz preparado para administrar a capital do ES
Ele se chama Weverson Valcker Meireles, tem 29 anos de idade, é formado em administração pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e diz que desde sempre militou no movimento estudantil e viu que tinha condições para contribuir com alguém, além dele mesmo.
“Fazer algo para minha rua, pelo meu bairro, pela minha escola, sempre me moveu e uma das ansiedades que eu tinha na vida era completar dezesseis anos, emitir o meu título de eleitor e poder me filiar no PDT”, descreve. Para Weverson, a política partidária está no sangue e essa paixão veio de pai para filho. “Eu já frequentava as reuniões do partido. Meu pai tem 31 anos de PDT em Vitória. No dia que completei 16 anos, o cartório da cidade alta abre às 13 horas, às 12h40 eu estava lá esperando o cartório abrir. O cartório abriu eu emiti meu título e corri para a sede do partido para me filiar. Antes disso, eu já participava das reuniões do partido, debatia ideias no PDT, sempre tive esse prazer de falar e discutir política em larga escala. A política é uma ferramenta gigantesca de ampliar o bem”, afirma.
Ele conta que entrar na política foi uma coisa natural e por influência familiar. “Minha família é muito crítica, meu pai foi líder comunitário, presidente e vice-presidente do PDT. Se todos os jovens tivessem a oportunidade de debater política, nós estaríamos em outro patamar, não falo só de política eleitoral, me refiro a todas as políticas porque tudo passa pela política”, diz.
Weverson analisa ainda as dificuldades em ser um pré-candidato em uma cidade como a capital. Muito em função de uma melhor instrução e criticidade dos habitantes. “Historicamente, a população de Vitória não pode reclamar dos seus gestores e, no entanto, os moradores são muito críticos. A população sempre teve muita consciência nas suas escolhas. A nossa educação sempre teve bons índices de avaliação, agora, o grande “X” dessa questão, é que nada está tão bom que não possa melhorar. Nós temos a Meta 17 do Plano Nacional de Educação (PNE), que é justamente a meta em que nós precisamos equiparar o salário dos nossos profissionais da educação. A nossa educação não é ruim, mas temos muito a melhorar e não tem como debater o aumento da qualidade da educação de Vitória que não seja, também, com a valorização do profissional. Todos nós temos algo de muito valor quando falamos de professor, todos nós passamos pelas mãos deles. Outro desafio que Vitória tem, são as escolas de tempo integral. Vejo que esses são os dois grandes desafios. A educação cívico-militar, quando bem debatida e construída com a sociedade tem, sim, como contribuir sem dúvida nenhuma”, explica.
A saúde, como em qualquer lugar do território nacional, é um tema que exige bastante debate e gestão competente para melhorar. “Sabemos que as especialidades são obrigação do Estado, mas, nesse processo, os municípios podem ajudar. Só temos que buscar meios para desafogar as filas de especialidades e, isso, se faz com estudos. A capital teve um grande avanço que foi a informatização. Os moradores já conseguem marcar suas consultas pelo aplicativo, isso otimiza para que não tenha perda do horário do médico. Agora, precisamos avançar no sistema quando falamos do retorno do paciente. Às vezes, o paciente faz o exame, tem que voltar para saber dos resultados, sendo que um único contato do próprio médico informando a este paciente que os exames não constataram nada e ele não precisa voltar, enfrentar filas desnecessariamente. Só retornaria caso houvesse alguma alteração nas taxas, aí sim, para ser consultado com o médico. Apesar do sistema ser informatizado, há espaço para melhorá-lo”, pontua.
Outro aspecto, principalmente na capital, que precisa ser urgentemente analisado é a mobilidade urbana. Um tema tão difundido nos países desenvolvidos e que traz um ganho enorme no que diz ao deslocamento e ao meio ambiente. “Na mobilidade urbana, precisamos, primeiramente, assumir o problema depois, compartilhar essa responsabilidade, nos despir de todas as nossas vaidades e encarar esse problema que não é só pertencente a Vitória, ele é de toda a Grande Vitória. Não tem como debater esse tema sem um debate com toda a região metropolitana. A quantidade de pessoas de outros municípios que passam por Vitória é muito grande e essas pessoas passam a maior parte do tempo no ônibus ou no carro em seu translado de casa para o serviço e vice-versa. Elas ficam menos tempo com a família, têm menos tempo para descansar. Essas intervenções são caras e necessárias, mas que precisam da participação de todos os municípios envolvidos, dos governos estadual e federal e da iniciativa privada. Com a mobilidade urbana, podemos interligar Vitória, Serra, Vila Velha e Cariacica pelas hidrovias, através de um sistema aquaviário. Outro ponto é aumentar a nossa malha cicloviária. Se fizermos essas ações, eu tenho toda certeza do mundo de que iremos estancar os problemas que afligem a mobilidade não só na capital, como também nos municípios que fazem divisa com Vitória”, adverte.
Aproveitando a oportunidade, Weverson fez questão de frisar que “o PDT me convocou para essa missão e, eu, como bom soldado, aceitei, mas o partido tem dialogado com outras forças de Vitória que se assemelham com o nosso modo de pensar, que tenham o trabalhos e a educação como suas principais bandeiras, que são as do PDT. Por esses motivos, há a possibilidade de apoiarmos um nome ao invés de lançar uma candidatura própria”, informa.
E para finalizar, Weverson deixa um recado a todos os leitores do Fatos & Notícias. “Que tenhamos fé, precisamos passar por esse momento difícil unidos, temos uma responsabilidade gigantesca nesse processo eleitoral. Precisamos ter consciência que o nosso voto tem que ser com a razão, avaliar currículo e escolher quem realmente tem capacidade para liderar nossa capital”, alertou o pré-candidato.