Em média, Síndrome de Burnout afeta trabalhadores aos 32 anos, diz estudo
Pesquisa conduzida pela empresa britânica The Office Group também revelou que home office tem contribuído para esgotamento físico e psicológico dos trabalhadores
Uma nova pesquisa conduzida pela empresa britânica The Office Group com dois mil adultos indica que, atualmente, o trabalhador médio vivencia a Síndrome de Burnout aos 32 anos. O distúrbio é caracterizado pelo desgaste intenso da pessoa por conta do trabalho que a leva a ter um colapso tanto mental quanto físico.
Ao todo, um terço dos entrevistados admite que sentiu que simplesmente não poderia continuar trabalhando devido ao estresse ou à exaustão em algum momento de suas carreiras. Mais da metade das pessoas (52%) afirmaram que o esgotamento ocorre porque tentam fazer muitas tarefas e 58% do grupo acredita que suas horas de trabalho normais são muito longas.
Além disso, 39% dos participantes acreditam não tirar dias de folga suficientes e 47% sentem que devem estar sempre “ligados” durante o trabalho. Quase dois em cada cinco trabalhadores (37%) sentem que há pressão para constantemente fazer trabalho extra.
Pouco menos da metade dos entrevistados que lutam contra a Síndrome de Burnout abandonaram o emprego devido à exaustão. Outros 29% considerariam pelo menos tirar uma licença não remunerada na próxima vez que se sentirem particularmente estressados.
Desde o início da pandemia de Covid-19, com a implementação do home office em várias empresas, 59% dos entrevistados disseram que começaram a trabalhar mais horas. Em média, o trabalhador remoto realizou 59 horas extras de trabalho, o que equivale a cerca de sete dias completos adicionais de trabalho nos últimos cinco meses.
“Com quase um terço das pessoas dizendo que o distanciamento social as aproximou do esgotamento, não há dúvida de que a pandemia teve um grande impacto na saúde mental coletiva da nação”, disse a psiquiatra Sarah Vohra, segundo o Study Finds. “As empresas devem se proteger contra elementos que possam causar estresse e ansiedade e, olhando para o futuro, devem fazer mudanças robustas para garantir que os funcionários estejam protegidos, especialmente em tempos de incerteza”.
Um em cada três entrevistados para a pesquisa culpa diretamente o distanciamento social por conta do novo coronavírus por seus sentimentos atuais de exaustão e esgotamento. Quando solicitados a explicar exatamente por que esse período foi tão difícil, 31% dizem que se sentem obrigados a trabalhar mais porque o escritório agora é sua casa e 27% dizem estar perdendo as conexões sociais dos escritórios tradicionais.
Em geral, 60% dos entrevistados dizem que a necessidade de estar “sempre ligado” é a principal responsável por seu esgotamento. Quanto às formas de combater a Síndrome de Burnout, 20% dos trabalhadores afirmam praticar meditação e/ou ioga para relaxar quando não estão trabalhando, e 22% desejam que seu empregador ofereça aulas de mindfulness e bem-estar.
Fonte: Revista Galileu