Meio ambiente

Monumento Natural da Mantiqueira é criado no Vale do Paraíba (SP)

Com mais de 10 mil hectares, nova Unidade de Conservação vai preservar 400 espécies de animais

Sob responsabilidade do Fundação Florestal, o espaço de mais de 10 mil hectares abriga também um patrimônio natural com áreas de montanha predominantemente cobertas por florestas e campos de altitude localizada entre os municípios de Cruzeiro (9.392 hectares) e Piquete (979 hectares).
A nova unidade de conservação foi classificada como MoNa, uma categoria de preservação que tem como objetivo proibir a intervenção humana nos aspectos naturais. Com isso, a área se torna o terceiro Monumento Natural (MoNa) do Estado de São Paulo gerido pela FF, juntamente com o MoNa Pedra do Baú, em São Bento do Sapucaí, e o MoNa Pedra Grande, em Atibaia e Bom Jesus dos Perdões.
A área possui também atrativos turísticos como cachoeiras e vias de escalada em rochas. Entre os destaques está o Túnel da Mantiqueira, palco de uma das principais batalhas da Revolução Constitucionalista de 1932. A região faz parte do circuito paulista da Estrada Real.
A previsão do governo do estado é a de que sejam investidos na área de preservação cerca de R$ 2 milhões reais vindos da Câmara de Compensação Ambiental (CCA).

Atrativos turísticos

Predominantemente formada por florestas e campos de altitude, a área possui trilhas, maciços e diversas vias de escalada em rocha.
O principal atrativo no local é o Maciço Marins-Itaguaré, formado por alguns dos pontos mais altos do estado de São Paulo — Pico dos Marins (2.427m), Pico do Itaguaré (2.308m) e Pico do Marinzinho (2.432m).

Travessia do Pico dos Marins para o Itaguaré (Foto: Ederson Ladeira/CC 4.0)

A Travessia Marins-Itaguaré é uma das mais procuradas no Brasil por montanhistas brasileiros e estrangeiros, e é também um dos trechos de uma rota maior: a Travessia Transmantiqueira.
Outro atrativo turístico é o Túnel da Mantiqueira, palco de uma das principais batalhas da Revolução Constitucionalista de 1932. A região faz parte do circuito paulista da Estrada Real.
Ainda conta com diversas cachoeiras, sendo as cinco principais: Complexo do Curiaco (Poço do Curiaco e Cachoeira do Amor), Cachoeira do Alemão, Cachoeira do Jaracatiá, Cachoeira das Andorinhas.

Recursos hídricos

O MoNa está inserido na bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul, curso de água que banha os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O rio atravessa a região do Vale do Paraíba e é formado pela confluência dos rios Paraitinga e Paraibuna.

Vegetação

Nascer do sol no Pico dos Marins (Foto: Marcos Felipe/CC 4.0)

Os remanescentes de vegetação na área de estudo para criação do MoNa totalizam 15.939,35 ha. Os principais tipos de vegetação natural são a Floresta Ombrófila Densa Montana, mais conhecidas como Florestas de Encostas, com 12.229,08 hectares (74,8%). Já a Floresta Ombrófila Densa Alto-Montana, que são as Florestas de Altitude, representam 2.403,18 hectares (14,71%). Os Refúgios Ecológicos ou Campos de Altitude estão presentes em 1.108.11 ha (6,78%). O contato entre as florestas e os campos de altitude, conhecido como Candeais, ocupam 198,98 ha (1,22%).
Na área do entorno, destacam-se os usos agrícolas, com total de 15.338,4 hectares, o que representa 65,3% do território.
O texto completo do decreto está disponível on-line.

Foto de capa: Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente de SP

Fonte: CicloVivo

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