Atlântico
Na imensidão do oceano, os segredos pairam sobre as águas.
Os ventos sussurram sonhos e crueldades.
Daqueles que o cruzaram com bravura,
Daqueles que foram escravizados sem piedade.
Desrespeito,
Dor,
Angústia,
Aflição…
O caos mais perverso e desumano.
Atos contraditórios e dissimulados.
Que a humanidade exerceu e ainda exerce sem compaixão.
Um povo hipócrita e dominador.
A perversidade e ganância destruindo o valor.
Então, as águas calmas acolheram os rejeitados.
Suas lágrimas se uniram ao oceano.
Sonhos devastados.
Gritos silenciados.
Olhares perdidos para a morte.
A beleza natural e a tristeza humana em conexão.
Águas calmas.
Águas de tempestade.
Oceano Atlântico, o cúmplice de uma rota de escravidão.
Autora: Silvia Vanderss
Poema: Atlântico
Palavras: 108
Inédito