Meio ambiente

Primeira semana das ararinhas-azuis supera expectativas

Todas as 52 ararinhas-azuis chegaram em segurança ao Centro de Reprodução e Soltura em Curaçá/BA

Desde o momento de chegada ao Centro, os animais foram admitidos em quarentena, com a supervisão das autoridades do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no local. Cada ave foi retirada da caixa de transporte e teve a leitura de chip realizada. As ararinhas-azuis foram liberadas no aviário, mantendo o isolamento com o ambiente externo e outros animais pelo prazo de 21 dias.
A viagem foi bem-sucedida. Não houve mortalidade e as aves chegaram em ótimo estado de saúde. Todas elas estão comendo e bebendo normalmente; elas estão calmas e confortáveis em suas novas habitações e se acostumando com o clima da Caatinga. Para auxiliar na recuperação dos animais após a longa viagem, está sendo fornecida a eles a mesma alimentação que tinham na Europa. A comida para as ararinhas-azuis foi trazida no avião junto com as aves, com toda certificação e autorização pelo Mapa.

Ararinhas-azuis (Foto: ACTP)

Antes de viajar, as 52 ararinhas-azuis foram testadas individualmente para todas as doenças necessárias, seguindo o protocolo sanitário brasileiro e o programa de cativeiro. Todas as aves estavam livres de quaisquer doenças. Algumas delas possuem um Mycoplasma não patogênico, pois existem variações bacterianas diferentes e nem todas levam ao desenvolvimento de doenças. Como em nenhuma ave foi encontrada variedades patogênicas, especialistas consideraram as ararinhas-azuis seguras para viajar.
Ao mesmo tempo, para manter a diversidade genética da população em cativeiro, quatro aves nascidas no ano passado no Brasil, com genética diferente, seguiram para o mantenedor na Alemanha para comporem o plantel reprodutivo, misturando a genética das aves. Anualmente, 70% de todos os filhotes produzidos serão enviados para o Centro de Reprodução e Soltura em Curaçá para serem reintroduzidos na Caatinga. Este processo é importante para que as aves, que serão soltas em breve, bem como as que ficarão em cativeiro para reprodução, tenham a máxima diversidade genética possível e com isso se minimize os riscos de cruzamento de ararinhas-azuis com parentesco muito próximo, o que poderia comprometer o processo de reintrodução na natureza.

Fonte: ICMBio

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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