Ciência

Cientistas reconstroem rosto de criança egípcia falecida há dois mil anos

Criança provavelmente foi vítima de uma pneumonia contraída entre os três e quatro anos de idade. Imagem foi criada a partir do escaneamento do crânio e de um retrato encontrado no sarcófago

Durante o período em que o Império Romano dominou o Egito, havia uma tradição funerária de criar retratos dos mortos e colocá-los em seus sarcófagos após a mumificação. Para verificar o quão precisas eram essas imagens, pesquisadores do Instituto de Patologia da Clínica Acadêmica de Munique-Bogenhausen, na Alemanha, realizaram a reconstrução em 3D da múmia de um garoto e fizeram a comparação.
O corpo mumificado é de uma criança que provavelmente morreu de pneumonia entre 50 a.C. e 100 d.C. Ele foi encontrado por especialistas durante a década de 1880, próximo à pirâmide de Hawara, no Egito. Usando a pintura e essas informações, a equipe de cientistas realizou uma tomografia computadorizada para escanear a múmia e estudá-la em formato digital.

Pesquisadores escanearam múmia para reconstruir seu rosto e compará-lo com pintura feita por artistas egípcios (Foto: Reprodução/Nerlich AG)

O pesquisador-chefe do estudo, Andreas Nerlich, afirma que o menino tinha “cabelos cacheados entrelaçados em dois fios de cabelo que vão da crista às orelhas, olhos grandes de cor castanho, nariz comprido e fino e uma boca pequena com lábios carnudos”. Outra característica encontrada foi um colar com um pequeno medalhão, que estava pendurado no pescoço.
Os resultados mostraram que o retrato era bastante preciso, mas o artista fez a criança parecer mais velha do que realmente era: ela tinha entre três ou quatro anos quando faleceu. “Ele mostra traços um pouco mais ‘maduros’, que podem ter sido resultado de uma convenção artística da época”, disse Nerlich ao site Live Science. No entanto, somente a partir dele não é possível identificar se essa era ou não uma prática comum dos antigos artistas egípcios.

Fonte: Revista Galileu

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