Reconstrução imediata da mama durante o tratamento do câncer não afeta a sobrevivência

Mulheres que se submetem à reconstrução mamária imediata com mastectomia preservadora de mamilo ou mastectomia preservadora de pele durante a quimioterapia para câncer de mama têm taxas semelhantes de sobrevivência e recorrência da doença como àquelas que têm uma mastectomia convencional.
Os pesquisadores disseram que os dados sobre a segurança da mastectomia e reconstrução têm sido “insuficientes” em comparação com a mastectomia convencional — realizada após o tratamento do câncer — mas o novo estudo sugere que é um método de tratamento eficaz e seguro.
A análise de pacientes com câncer de mama no Asan Medical Center em Seul, na Coreia do Sul, descobriu que as taxas de recorrência localizada da doença — ou desenvolvimento de tumores na mesma área — foram 3,7% para mulheres que se submeteram à reconstrução mamária imediata e 3,4% para aquelas que tiveram um mastectomia convencional.
Para o estudo, os pesquisadores sul-coreanos compararam os resultados em 626 mulheres com câncer de mama, metade das quais optou pela reconstrução imediata da mama, enquanto o resto teve uma mastectomia convencional. Cerca de 7% das mulheres que tiveram reconstrução mamária imediata tiveram recorrência regional da doença, em comparação com 5,3% daquelas que tiveram mastectomia convencional.
A sobrevida livre de recorrência de tumor local em cinco anos foi de 96% entre as mulheres que tiveram reconstrução mamária imediata e 97% para aquelas que tiveram mastectomia convencional, de acordo com os pesquisadores. A sobrevida livre de doença também foi comparável entre os dois grupos (77% versus 80%) assim como a sobrevida livre de metástases a distância (ambos 83%).
Pouco mais de 17% das mulheres que tiveram uma reconstrução mamária imediata sofreram metástases a distância — ou câncer que se espalhou para outras áreas do corpo — enquanto quase 19% das que optaram por uma mastectomia convencional tiveram esses resultados. Após dez anos, a sobrevida geral entre as mulheres que tiveram construção imediata da mama foi de 92%, em comparação com 89% para aquelas que fizeram uma mastectomia convencional.
Segundo os pesquisadores, neste estudo não houve diferença significativa no prognóstico entre os dois grupos durante o período de acompanhamento. Contudo, eles ressaltam que mais estudos devem ser conduzidos em mais pacientes com metástase axilar (câncer que se espalhou para os nódulos linfáticos).

Fonte: Boa Saúde