Política

Presidente da Apex critica agronegócio brasileiro na China

Jorge Viana relacionou problemas ambientais à produção de grãos e à pecuária do Brasil. As declarações do petista contrastaram com o otimismo do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, na véspera

Durante evento em Pequim, na China, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana, relacionou problemas ambientais com a produção de grãos e à pecuária no Brasil. As declarações do petista contrastaram com o otimismo do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, na véspera. A fala de Viana aconteceu em meio a uma programação brasileira na China, que busca aumentar as exportações do agronegócio para o país asiático.
Representantes de grandes empresas do agro nacional e executivos chineses, principais compradores da produção brasileira, estavam presentes.

Viana, amigo pessoal do presidente Lula, afirmou que “é preciso reconhecer que o Brasil tem problemas ambientais”. Ele também usou números para impor uma relação entre o agronegócio brasileiro e a destruição da Floresta Amazônica.

As críticas de Viana causaram estranheza, já que o evento tinha como um dos objetivos alavancar as exportações do agronegócio brasileiro para a China. O presidente da Apex ressaltou a necessidade de o País reconhecer seus problemas ambientais e parar de dizer no exterior que não os tem. As declarações foram feitas em um evento que contou com a presença de autoridades brasileiras e chinesas e de representantes de grandes empresas dos dois países.

Falácia ambientalista

Jorge Viana não utilizou, entretanto, os dados do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). Dados de 2022 mostram que o Brasil é líder em produção sustentável entre os grandes países agroexportadores.

De acordo com o levantamento, o Brasil está no centro da produção agropecuária sustentável em todo o planeta. De acordo com o Ipea, o País tem muito a contribuir para a oferta global de alimentos e energia, diante da preocupação internacional com a agroinflação, a segurança alimentar, os efeitos da pandemia de covid-19 e a crise gerada pela guerra entre Rússia e Ucrânia no mercado mundial. Além disso, de acordo com dados da Embrapa, da Nasa e do Mapbiomas, as terras destinadas para a agricultura representam cerca de 8% de todas as áreas do País.

Fonte: Revista Oeste

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