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93,2% das moradias sem banheiros estão concentradas nas regiões Norte e Nordeste

No Norte, cerca de sete a cada 100 moradias não tinham banheiro em 2022, com os estados do Pará e Amazonas entre os destaques negativos

A ausência de banheiros é uma realidade alarmante em milhões de moradias brasileiras, afetando diretamente a saúde e dignidade da população. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) analisados em um estudo do Instituto Trata Brasil, mais de 1,3 milhão de residências não tinham banheiros em 2022, impactando cerca de 4,4 milhões de habitantes. A privação do equipamento sanitário foi mais significativa nas regiões Nordeste e Norte, que concentram 63,1% (841 mil habitações) e 30,1% (401 mil habitações) dos casos, respectivamente.
Entre os estados do Nordeste, Maranhão, Bahia e Piauí apresentaram as maiores concentrações de moradias sem banheiro. Na região, cerca de quatro a cada 100 moradias ainda não tinham banheiro de uso exclusivo. Em termos populacionais, o Nordeste concentrou 60,8% das pessoas impactadas, somando 2,68 milhões de habitantes. No Maranhão, 13 a cada 100 pessoas viviam sem banheiro de uso exclusivo, um dos índices mais alarmantes da região.

(Foto: Reprodução/Trata Brasil)

Já no Norte, cerca de sete a cada 100 moradias não tinham banheiro em 2022, com os estados do Pará e Amazonas entre os destaques negativos. Ao analisar pela população, 1,531 milhão de pessoas viviam sem banheiro, representando 34,7% do total nacional. O pior índice foi observado no Acre, estado em que aproximadamente 13 a cada 100 pessoas viviam em residências sem equipamento sanitário.

Além disso, o estudo identificou que 60,7% da população morando em habitações sem banheiro estavam abaixo da linha de pobreza em 2022. Isso significa que oito a cada 100 pessoas em situação de pobreza tinham privação de banheiro, o que reforça a relação direta entre saneamento e desigualdade social.

No dia 19 de novembro é celebrado o Dia Mundial do Banheiro, uma data que destaca a importância do acesso desse equipamento básico para dignidade e saúde dos habitantes, evidenciando a urgência de melhorar a infraestrutura de saneamento básico para que os habitantes tenham um futuro mais digno.

Fonte: Portal Amazônia

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