Anjos Feridos
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Como o pulsar do sangue pelas veias,
Eram as lágrimas contidas,
Por um viver cativo,
Em noites vazias e sorrateiras.
Por tantas dores caladas,
Pelo medo de serem sentidas,
Apenas, almas desoladas.
Incompreendidas,
No frio de inúmeras senzalas.
O sobreviver de uma vida submetida.
Como anjos feridos,
Uma simples expressão, inexpressiva.
Pela escravidão, apagada.
Dilacerada e sem expectativas.
E o mundo que se fez alheio,
Fechando os olhos ao massacre,
Em prol do progresso e da conquista.
Imensos devaneios da humanidade.
Pela ganância desenfreada,
E pela crueldade em aprisionar almas iluminadas.
Em lágrimas infinitas e vidas despedaçadas.
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Livro: Além do Ego
Editora: Amazon
Poema: Anjos Feridos
Palavras: 112
Arte: Thaís Alves