No Dia Mundial do Oceano, Unesco destaca inovação como aliada dos mares

Segundo a instituição, usar a tecnologia como parceira do meio ambiente pode ajudar a conservar a biodiversidade do planeta
Comemorado ontem, 8 de junho, o Dia Mundial do Oceano foi instituído durante a conferência Rio-92 para lembrar à sociedade sobre a importância da conservação das águas do planeta. Em 2020, a Unesco destaca a inovação como parceira da manutenção de um oceano sustentável.
Em nota, a organização afirma que as novas tecnologias, quando aliadas à ciência, podem transformar rapidamente — e para melhor — o futuro dos mares. Além disso, a Unesco afirma que a criação de políticas e decisões práticas é essencial para garantir a biodiversidade mundial.
Atualmente, há diversos exemplos que mostram que a eficácia da união entre a tecnologia e o meio ambiente. Um deles é o rastreamento de animais selvagens por drones no Sistema Natural de Reservas da Ilha Wrangel, na Rússia, que ajuda a monitorar as tendências anuais na população mais densa de ursos polares existente.
Já fotografias aéreas em alta resolução ajudam cientistas a entender as mudanças nos recifes de corais das Reservas dos Recifes da Barreira do Belize, classificado como Patrimônio Mundial. Imagens junto com inteligência artificial também acompanham a Grande Barreira de Corais da Austrália, sendo a principal ferramenta de pesquisadores para a localização de espécies invasoras.
Ao todo, 50 locais marinhos icônicos localizados em 37 países são áreas protegidas e estão na lista de Patrimônio Mundial da Unesco. Assim, a ideia é que eles sirvam como exemplo de cuidado para o mundo todo.
Década dos Oceanos
A Organização das Nações Unidas declarou ainda que entre 2021 e 2030 acontecerá a Década dos Oceanos, uma iniciativa que visa ampliar o investimento em pesquisas para promover a conservação dos recursos naturais do globo.
As atividades, que serão lideradas pela Unesco, contam com a produção de conhecimento científico, desenvolvimento de dados e monitoramento de parcerias para conectar a ciência do oceano às necessidades da sociedade.
“Esta década será projetada para facilitar a comunicação global e o aprendizado mútuo entre as comunidades de pesquisa e partes interessadas”, explica o site oficial da instituição. “Ela trabalhará para atender às necessidades de cientistas, formuladores de políticas, indústria, sociedade civil e público em geral, mas também apoiará novas parcerias de colaboração que podem proporcionar uma gestão científica mais eficaz de nosso espaço e recursos oceânicos”.
Fonte: Revista Galileu