Eu vaguei pelasRuas de lamparinaNa mão, algunsMe chamavamDe cínico, outrosMe taxavam deCão Muitos me tinhamComo louco, vadioOu mendigo, masEu morei num barrilPor opção, pois fizDa extrema pobrezaMinha maior virtude Eu condenei todoO tipo de luxúria, aHipocrisia humana,As instituições e
As manhãsSempre me fascinam,Elas simplesmente meEncantam e me enchemDe esperança Recebo-as sempre dePeito aberto, cheio deGratidão e de coragem,Acolho-as com a ternuraDe quem recebe um mimo,Uma dádiva, um presente,Uma nova chance e umaOutra oportunidade É como um nascer deNovo, um parto exitosoRepleto de felicidade, umNovo tempo, de lutas e deGlórias, eivado de
Eu acho que seAs borboletasPudessem, elasPousariam emNós Talvez por puroDeleite ou capricho,Ou quem sabeApenas para sentirO pouco do beloQue ainda nos resta Eu acho que elasNos rondam e voamEm nosso redorApenas para captarA nossa aura Traçam inúmerosVoos e acrobaciasSem fim, por puroPrazer e exibicionismo,Apenas para nosMostrar como sãoLivres e do que sãoCapazes de fazer
Levezas da alma,Mimos, cuidados,Carinhos e gentilezas Raridades e finuras,Delicadezas, doçurasE afabilidades, sãoTodas elas formas deSensibilidades doEspírito Favores, preferências,Concessões, renúncias,Respeito, homenagensE deferências Honradez e virtude,Grandeza e nobreza deCaráter, amabilidadesE diferenciais do homemSensível que se elevou
Todos nósTemos uma peçaDe roupa velhaQue já não nosCabe mais Aquele calçadoAntigo que nosAbraça os pés eQue nos contornaOs calos Um chinelo feioE macio, fora deModa, mas, doQual, nunca, jamaisNos desfazemos Uma cobertaOu um pedaçoDe pano antigoDesgastado eCarcomido peloTempo que nosServe de abrigo Aquele roupãoGrosso e queMantemos porAnos e anos a fio,Incólumes, em
Ah, que tempoEstranho é este?Um tempo largoQue não anda,Um tempo lentoQue não passa, Ah, que tempoInsosso é este?Tempo sôfregoQue não cansa,Um tempo mudoQue não fala Ah, que lugarInóspito é este?Um lugar feio,Frio e hostil Um lugar secoE comum, ondeNão há empatia,Onde não háConforto e nemUm pingo de amorE entendimentoSequer Um lugar tristeE vazio, onde euNão […]
O barco retornaDo mar e repousaNa areia branca daVida, enquanto queA alma imortalE viajora, por seuTurno, busca a provaE reencarna no corpo Os olhos atônitosDo marujo fitamO mar azul infinito,Enquanto que osLábios dos amantesSe procuram e matamA sede no pote daÁgua cristalina dosPrazeres da carne O sol ardente raiaE ilumina mais um dia,As nuvens de […]
Mais uma vez,Abrem-se os olhosE renasce mais umDia, o sangue correNas veias e o velhoCoração palpita noPeito A luz do sol invadeA janela do quarto,Despertando os queDormem, ela irradiaCalor, amor e esperançaEm dias melhores Os pássaros de seuTurno içam suas asas,Alçam os seus voos,Assobiam os seus piosE cantam os seus coros As flores desabrochamDe novo […]
O suor escorrePelas vielasDa cidade velha O sangue coagulaPelas artériasDo corpo inerteE a água ferve pelosCanos entupidosDo subsolo O rio sujo choraLembrando do quãoLímpido fora outroraE de tristeza cala peloJeito que é tratado agora As copas das árvoresTremem sob o solEscaldante, o verde,Por seu turno, sofreCom a subida de maisUm andaime, enquantoQue as nuvens somemDe
Mais um dia se vaiE no seu final ele parteLento e gradual, esvai-seEm gotas miúdas deSereno e de saudade E nesta batida morosaA tarde se finda suave,Terminando quieta a suaJornada, e, assim, maisUm dia se despede deNós deixando suas marcasInconfundíveis e indeléveis Mais um dia, somenteMais um dia entre tantosOutros que se foram e queSe […]
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